Lembranças
Dizem os idosos da terra do gás e do petróleo com saudosa lembrança que o antigo prefeito, o mitológico Capitão Montoril, volta e meia saia para fiscalizar os trabalhadores da prefeitura em seus lugares de trabalho. Colocava uma prancheta debaixo do braço e nela uma folha de papel com o nome dos que faziam parte daquela repartição e para lá se dirigia.
Chegando lá, ia com caneta e prancheta na mão conferindo se todos os trabalhadores estavam de fato trabalhando. Caso não encontrasse determinada pessoa, marcava o nome com "X" e no fim do mês seria uma diária descontada no salário.
Era seu estilo de trabalho, direto com o trabalhador; lembrado e querido pelos mais antigos coarienses que com ele conviveram.
Nós da meia idade, nossa lembrança está marcada pelos mandatos do Sr. Roberval. Sua vida de homem simples, de ir na missa todos os domingos e terças, de ir no mercado, de fazer um giro de carro (gol) com seu motorista pela cidade quase todo fim de tarde e de ficar no começo da noite sentado em sua cadeira de embalo em frente de casa, se embalando tranquilo.
Hoje a Coari que esses homens governaram já não existe mais. Tudo mudou e rápido e é nessa nova terra que os prefeitos atuais governam. Onde precisam de talentos para lidarem melhor com questões de cada vez maior complexidade e, sobretudo, talentos criativos e inovadores. E onde a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, está presente em todas as ações deles e cobram insistentemente por transparência.
Uma Coari onde os amigos se tornam inimigos; inimigos viram correligionários; irmãos discutem com irmãos; princípios ideológicos cedem lugar a interesses eleitoreiros; propostas são encobertas por meras promessas. Que futuro esperar para eles dessa gente?
Diante do quadro atual que exige novo tipo de governante, fico pensando como as crianças, adolescentes e jovens vão lembrar dos atuais prefeitos, digo, os de depois do ano 2000, no futuro, quando estiverem na meia idade ou idosos?
Chegando lá, ia com caneta e prancheta na mão conferindo se todos os trabalhadores estavam de fato trabalhando. Caso não encontrasse determinada pessoa, marcava o nome com "X" e no fim do mês seria uma diária descontada no salário.
Era seu estilo de trabalho, direto com o trabalhador; lembrado e querido pelos mais antigos coarienses que com ele conviveram.
Nós da meia idade, nossa lembrança está marcada pelos mandatos do Sr. Roberval. Sua vida de homem simples, de ir na missa todos os domingos e terças, de ir no mercado, de fazer um giro de carro (gol) com seu motorista pela cidade quase todo fim de tarde e de ficar no começo da noite sentado em sua cadeira de embalo em frente de casa, se embalando tranquilo.
Hoje a Coari que esses homens governaram já não existe mais. Tudo mudou e rápido e é nessa nova terra que os prefeitos atuais governam. Onde precisam de talentos para lidarem melhor com questões de cada vez maior complexidade e, sobretudo, talentos criativos e inovadores. E onde a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, está presente em todas as ações deles e cobram insistentemente por transparência.
Uma Coari onde os amigos se tornam inimigos; inimigos viram correligionários; irmãos discutem com irmãos; princípios ideológicos cedem lugar a interesses eleitoreiros; propostas são encobertas por meras promessas. Que futuro esperar para eles dessa gente?
Diante do quadro atual que exige novo tipo de governante, fico pensando como as crianças, adolescentes e jovens vão lembrar dos atuais prefeitos, digo, os de depois do ano 2000, no futuro, quando estiverem na meia idade ou idosos?
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