segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

4.3

Na vésperas de completar 4.3 e olhando para nossa Coari fico pensando nos jovens que desabafam sem verem esperanças de futuro, dizendo que não acreditam que nada pode mudar!

Tento dizer que a esperança é a última que morre e que a vida deles está só começando e mesmo que o tempo passe, supere os 40, a vida pode sempre ser recomeçada e que os sonhos não podem morrer.

Digo isso do alto de alguns anos passados de vida, de acertos e erros, de alegrias e lágrimas, de decepções e esperanças. De quem já viveu anos em que se acreditava que poderíamos mudar o mundo. E o mundo mudou com certeza, compreender que há o além de nós e que quase nada foi do jeito que se previu e curtir o que de melhor e de pior pode existir dentro de nós, é compreender o existir da felicidade do jeito que o mundo está e saber das possibilidades de mudar!

Muitas e muitos dos que compartilhavam do mesmo sonho, comiam da esperança que alimenta a fibra para o novo foram ficando pelo caminho. Outros foram chegando e de um jeito novo ajudam a perceber o que chega de forma diferente.

E mesmo vivendo num mundo capitalista globalizado e que encanta os coarienses pela grana que destrói coisas belas nascidos das profundezas dos poços de petróleo e gás e que de forma vorax nos devora nos fazendo egoístas, gananciosos, corruptos ao ponto de jogarmos no chão nossos valores, sonhos e esperanças. Sigo acreditando que podemos ser melhores, fazer melhor!

E o veneno cego do capitalismo, do dinheiro das malas, dos casos de malas e dos malas de Coari que torna os pobres inofensivos, ensinado que eles podem ser como so ricos. Da vaidade ao do bom e do melhor. Do carrão a casarão. Puro engano e assim vamos abandonando o que somos, tudo trocando pelo ter.

Não sei se o pior é saber se o "povo não tem consciência política" ou ver aqueles que "dizem terem consciência política, se venderem".

Fico pensando nas crianças, nos adolescentes e jovens que assistem os pobres, miseráveis trocarem seus votos impulsionados pela fome e ao mesmo tempo assistirem os que dizem terem estudos, consciência, um razoável ou até bom salário, ou ainda um certo patrimônio se venderem do mesmo jeito que os pobres. E pior ainda fazerem tudo para venderem a consciência, a dignidade, a alma dos outros, tudo trocar por votos!

Que futuro, que esperança, que sonhos podem ter essas crianças, adolescentes e jovens?

Será que falta dinheiro ou valores humanos/cristão?

43 janeiros fazem pensar tanto e pesam pelo que foi deixado de ser feito pelo meio do caminho ou o que não foi feito da maneira que deveria fazer.

O que mais ficou foi o amor dos que me amaram e dos que continuam acreditando que só o amor é a força capaz de mudar o mundo!

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