quinta-feira, 28 de julho de 2011

79 anos


Com a proximidade do "aniversário de Coari", do dia 02 de agosto, tanto na cidade, como na internet o clima de apreensão é grande. É um tempo que mexe conosco, apesar de toda desgraça que vivemos, se espera que na realidade ou na ilusão algo de bom aconteça.

O dia 02 de agosto, diante da atual situação que vivemos deveria/poderia ser de reflexão e de manifestação, de exigências para saber para onde vai o dinheiro do nosso multi-milionário orçamento.

Até agora, desde o tempo da construção da Província de Machiparo quase toda nossa história foi de grandes desafios e no meio a esse mar bravio da vida coariense; sempre tivemos pessoas que buscaram lutar pelo nosso município. Porém, lutando com coragem e respeito ao povo e sempre pensando na contrução de uma Coari melhor.

Atualmente, digo nesses últimos quinze, vinte anos de nossa história vivemos nossa pior crise; ela pega carona na crise global de valores, onde o único poder é o do dinheiro. O pior é que não é uma crise econômica, somos milioniários, nunca tivemos tanto dinheiro como atualmente, é uma crise de falta de vergonha na cara!

2 comentários:

Adam Smith disse...

“É um tempo que mexe conosco, apesar de toda desgraça que vivemos, se espera que na realidade ou na ilusão algo de bom aconteça.”

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Pra aparecer algo de bom, tem que rezar duríssimo. Essa política só vai melhorar quando deixar de ser apenas um negócio altamente rentável e lucrativo.

Como podemos todos observar outra eleição aonde o "Carro Chefe" dos politiqueiros tanto, para cargos majoritários quanto minoritários, tais como: Prefeito, vereadores, secretários, cargos comissionados etc... Sempre são dar ênfase aos assistencialismos eleitoreiros suas continuidades e ampliações, quando não as propostas indecentes da criação de "Novas Moedas de Troca".

Com isto assistimos infelizmente o retorno dos mesmos políticos canalhas renovando seus mandatos, alguns pela terceira e quarta ou mais vezes numa nefasta perpetuidade.

Convencendo sempre seus "Gados Marcados" a votarem em troca dos medíocres assistencialismos escravizadores, milhares arrastados pelo roncar dos estômagos vazios.

Verificamos não existem preocupações com a criação de frentes de trabalho, não vemos justiça social, uma educação pública adequada e eficiente enfim, minimas condições que proporcionem as pessoas desassistidas.

Buscarem com seus próprios esforços suprir suas necessidades e dos familiares tendo a liberdade para escolher, os representantes sem as seculares promiscuidades e pilantragens corriqueiras. Impostas ditatorialmente e arbitrariamente pelos marginais veteranos da política Coariense.

Paulo Araújo disse...

Após a triste realidade que presenciei (vivi) em coari, tiro agora, uma pequena parte do meu tempo para expressar em linhas simples e de forma poética. Um pouco da atual realidade que se encontra a terra do gás e do petrólio. Padre, não conheci pessoalmente a história do nosso municipio, apenas por livros e através do boca-boca.Mais o texto que posto agora é um pouco da indiguinação de um jovem coariense.


Coari dos meus sonhos

Quando eu era criança, ainda na zona rural,
Tinha muitos sonhos, e um grande ideal.
Conhecer minha Coari, que considerava capital.

O tempo se passou e finalmente tive oportunidade,
Saí de casa feliz e com grande ansiedade.
De conhecer a tal Coari, que era minha grande vontade.

Tanta coisa me passava na cabeça, e uma era certeza,
O Cristo redentor e a frente da cidade deviam ser uma beleza,
O que me deixou cada vez mais deslumbrado e com grande firmeza.

Durante a viagem, contemplei o rio copeá, com as águas barrentas que vi rebojar,
Também as matas, pássaros e as canoas que vi passar.
Vi um amigo ribeirinho saindo para pescar, arco e flecha na mão a ponto de arpuar.
A beleza era tanta que me deu vontade de voltar,
Para meu humilde tapirí na comunidade do paricá.

Após a viagem, finalmente atracamos no porto da cidade.
Onde com o olhar curioso, contemplei toda a imagem.
Que por muito tempo, sonhei e sentia a necessidade;

Hoje quando me lembro me bate forte saudade,
Vendo que minha Coari vive outra realidade,
Drogas, fome e miséria, é a grande fatalidade.

Talvez o que um dia considerei beleza,
Hoje chamo de tristeza, pois o povo que um dia vi feliz,
Vive hoje na pobreza,
Sem ter esperanças nem certeza, de ter pão em sua mesa.
Com tudo isso que vejo, seria covardia me calar.
Vendo este povo sofredor, muitas vezes ter que chorar,
Pedindo solidariedade para a cidade melhorar.

Um dia vi tanta felicidade, Hoje felicidade não há,
Pois a Coari dos meus sonhos caminha hoje devagar.
O que posso hoje fazer, é simplesmente rezar,
Para que o meu povo deixe de sofrer e de agonizar,
Pedindo dignidade, e um chão pra morar.

A empolgação foi tanta que ia esquecendo de terminar,
Mas basicamente é esta, a história que vim contar,
E mostrar minha opinião, a quem quis me escutar.

Para os que me criticarem, meu obrigado vai ficar,
Pois é através de suas críticas que pretendo melhorar,
As críticas devem ser para os “grandes” que não pensem em trabalhar,
Levando minha Coari, a sofrer e a mendigar.