
Em 1980 comprei meu primeiro e único violão. Resolvi comprá-lo influenciado por Jonh Lennon, amava 'Imagine'. Ele morreu nesse ano, o violão caiu e abriu um buraco na caixa, acabou o sonho dos sonhadores, meu e de Lennon. O dele de mudar o mundo, o meu de tocar violão. Deixou o mundo órfão com sua morte e um aprendiz de músico que não passou dos primeiros acordes.
Nessa semana o mundo das tecnologias ficou órfão de um grande gênio, Steve Jobs. Um mago da criação e deixou sua marca que está presente na vida da grande maioria de nós simples usuário de computadores ou navedores brabos no mar intenértico. Além de inovar tecnologicamente com sua linha "i", sempre tentou seguir o caminho da beleza e pelo belo conquistou consumidores em todo o mundo.

Pelos famosos fiquei órfão com o mundo, com os outros admiradores, fãs planetários; já com anônimos a relação é outra, próxima, existencial e afetiva, quase que consangüinea, logo a dor é maior. São meus heróis da luta do dia-a-dia, sofredores que me viram nascer e que o tempo, os janeiros acumulados foram abatendo o patrimônio físico.
Destaco entre os meus admiradores do cotidiano, guerreiros da luta contra um sistema injusto e gerador de fome e miséria; o já citado Sr. Raimundinho Martins, Dona Dica minha vizinha que batalhou uma vida a terra para dela tirar o pão e agora minha professora do primário a Sra. Dedé.
Essas perdas estão me ensinando que são os trabalhadores honestos com seus pequenos trabalhos são os que fazem uma grande pátria. Os que se dizem nos grandes cargos, seguem a regra da música, quanto maior o cargo, maior o rombo!
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