segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A primavera Árabe e o inverno coariense


O mundo assistiu encantado o povo ir às ruas de diversos países nesse ano que terminou. Em alguns dos países do ocidente, a multidão ocupou ruas, praças e parques em muitas cidades importantes do mundo exigindo uma nova economia; a quebradeira de diversas instituições financeiras criou o caos e o fantasma do desemprego bateu a portas das famílias. O grito da multidão, na maioria jovens, ecoava para além do tinir das moedas.

Do outro lado do mundo, em vários países do oriente o povo foi à luta e num grito de paz armada derrubaram ditadores e destituíram sistemas viciados por décadas de ditaduras que enriqueceram as famílias e os amigos dos ditadores. Venceram o medo e enfrentaram as forças dos exércitos e suas armas.

Tanto no ocidente, como no oriente o ponto comum entre esses dois lados do mundo, tão diversos, foi a certeza de não mais aceitarem regimes de mortes, seja pela ditadura da economia ou dos ditadores famintos pelo poder. Lutaram e as perdas foram de ambos os lados, porém, estão construindo o novo, pois, se cansaram de esperar e nunca verem nada de novo acontecer.

As manifestações são caminhos, que nos alertam, com o sonho de que só tomando a história nas mãos podem está plantando esperanças para outro mundo possível, sem ditadores, de igualdades econômicas e de possibilidades para a maioria da população.

Enquanto isso, nesse 2011 a ditadura branca do executivo, num país democrático, se afirmou e se aprofundou. A força do trono do palácio 02 mostrou nesse ano que o reinado se estende e é familiar, com ramificações em puxas-saco por toda parte. Há olhos e ouvidos espalhados na cidade. E quem se colocar no meio do caminho, tem que saber se move, caso contrário será excluído, eliminado.


Enquanto as flores da primavera estão plantando esperanças em diversas paartes do globo, a terra do gás e do petróleo vai fazendo caminhos inversos a democracia, caminha cada vez mais para a ditadura dos prefeitos, e entra num longo inverno, chuvoso e escuro, sem flores, sem esperanças; marcado pela fome e miséria, pela força da grana que destrói coisas belas.

Assim, o coariense é mantido na miséria e no analfabetismo, com fome e sem consciência para lutar por uma outra Coari, segue sendo povo marcado, povo feliz! 

4 comentários:

Anônimo disse...

É seu padre, a vida é assim mesmo. Os poderosos, tanto de oposição quanto da situação são todos bandidos e algoses e povão está aí, sempre passivo ou seria covarde, amedrontado ou acomodado? Se aquele menor que sofre não acreditar no menor sofrido, nunca teremos uma Coari melhor. Eu apostei numa melhoria para Coari com a vitória de Arnaldo, mas perdir, no entanto 2012 já chegou e estou querendo mudanças, só que agora quero uma mudança para melhor, espero que o povo coariense também deseje o mesmo. Vamos a luta meu povo!

Anônimo disse...

geralmente a falta de democracia atrelado a problemas economicos são molas propulssoras de grandes revoluções, quadro esse que o Sr. Padre pincelou muito bem em seu post, mas parece que Coari está fora do contexto mundial, ou seria o Brasil? Parece que a taça do coariense para transbordar precisa estar muito, mais muito cheia mesmo, caso contrario nenhuma revolução emergirá dessa sociedade. Quando os portugueses aqui chegaram e invadiram as terras indigenas, e em sua inocência os índios entregaram todo seu tesouro por "presentes" tão simplórios, e fomos expropriados de nossas terras, de nossa dignidade, de nossa cultura, e tudo foi para as terras além-mar, parece que tudo se repete agora, nesse momento. Ficamos nós, o povo, junto com os desvalidos, excluidos, degredados, sem ter a quem recorrer, sem ter o que fazer, e dependendo do acaso para mudar nossos destinos. E será que esse dia vai chegar???

Anônimo disse...

Sabe padre, as coisas aqui em Coari não acontece por dois motivo, primeiro o povo é covarde e sempre da um jeitinho mesmo passando fome. Segundo aquelas pessoas que viviam fazendo manifestação todas estão ganhando muito bem, a presidenta do sindicato é a esposa do vereador Adnamar, seu secretario é o Ivan Cardoso que antes vivia falando mal do exprefeito, o professor Eloin esse só vive na monte aerea, vive de viajagem e comprando roupa de marca no shop, o cara é tão safado que acabou com Blog que ele tinha na epoca do Adail, depois que Arnaldo assumiu comeu abil, o vice so que saber da Duxson, enfim tá do mundo muito bem e nos povo feliz ou melhor povo infeliz estamos a ver navio. A secretaria de educação e sua adjunta so querem anda na pinta, a Francisca de tanto falar da Dorima ta bem pior que ela tá tudo muito bom.

Anônimo disse...

Acredito que a Internet com toda suas novidades e criatividade, assim como esse blog são os meios pelos quais nós o "Povão" devemos encontrar coragem e união para que assim possamos nos organizar e lutar por uma Coari, mais alegre, em que o pobre tenha o direito de ser feliz, mesmo que na sua simplicidade. Só falar não basta, reclamar muito menos. A organização e a união fazem a força e é disso que o povo precisa!