No Saco do Poder

Ano passado pelas vésperas da festa de São José se deu o primeiro passo para a campanha eleitoral desse ano; quando Adail Pinheiro visitou Coari e diante da imagem do santo, começou uma série de visitas as famílias coarienses. Esse ano, ontem (10/03), na abertura das festividades de São José, outro candidato dar um passo importante em sua candidatura e mais uma peça chave do tabuleiro foi mexida na eleição e também para o futuro da terra do gás e do petróleo. Será São José o Padroeiro dessa eleição?

Cada grupo está tentando construir caminhos para se fortalecer e sabem que os passos são dados em areias movediças. Do outro lado ou do mesmo lado, estão também pessoas que sempre querem está no poder, jogam para está no ar, não se importam com quem vão ficar; o importante é está do “lado certo”, isto é, onde eles podem ganhar, para si, suas famílias e grupos.

Desde minha mais longa lembrança, vejo essas pessoas ligadas aos que sentam no trono do Palácio 02 de agosto, Clemente Vieira, Roberval Rodrigues, Evandro Aquino, Dr. Odair, Jamil Moraes, Adail Pinheiro, Rodrigo Alves e agora com Arnaldo Mitouso. São mestres em puxar-sacos. É mais difícil lidar com essa gente do que com os eleitores. É preciso saber da arte do lado contrário, a de lidar com os puxas-sacos.

Como diz uma amiga minha essa gente quando não está no poder em Coari, reclama; quando está com/no poder fica silêncio pela força da grana que ganham e os cargos que ocupam. Peritos em saber está do lado de quem está poder ou sabem quem vai chegar onde eles também querem chegar; se aproximam, se oferecem, oferecem seus serviços, dizem que são donos de tantos e tantos votos e sem esse tipo de apoio o candidato, novo ou velho, iniciante ou veterano, calejado na arte das campanhas eleitorais e que sem eles, não se vence eleições na terra do gás e do petróleo.

E assim as campanhas eleitorais vão se construindo; o candidato pode até se novo, porém, as tranças que se tece esse tupé são velhas. Velhos lobos com fome vorax por poder e dinheiro. Essas pessoas e famílias não querem que Coari mude, melhore, o que importa é eles estarem bem, os outros? Escolha a palavra!

A expectativa de o povo coariense sair dessas garras era a turma do Arnaldo, alguns novos; esperávamos que pudessem construir estruturas de geração de empregos e renda, e uma educação libertadora, que quebrasse a velha educação para a subserviência; foi uma espera inútil, o que estão demonstrando é que queriam está no lugar de quem sempre criticaram. Iniciantes, inexperientes, meteram os pés pelas mãos, se atrapalharam e se atropelaram e deu no que deu, decepção total.

Agora, as velhas cartas de baralho estão a cercar velhos e novos candidatos, estão em busca de seu velho lugar, que é o “saco do poder”.