segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rastros das Várzeas

As águas continuam baixando, agora com ritmo mais lento. Devagar vai expondo as margens das nossas várzeas, deixando uma nova paisagem e uma terra fértil. É tempo de plantar, tentar alavancar as economias, familiar e das comunidades. Seria o momento ideal das secretarias municipais investirem energia, tempo, conhecimento e dinheiro para gerar gerarem economias locais para além dos recursos municipais que chegam somente na mão do executivo.

Infelizmente esse tipo de investimento não é de interesse nossos administradores, eles preferem que o povo viva das migalhas dos programas sociais e ficarem eternamente dependentes de si e de sues caprichos.

Por outro lado, de tanta fartura há décadas os peixes sofrem sangria todos os anos e os rastros de mortes já começam a mostrar os estragos que deixaram, o esvaziamento dos rios e toda cadeia de vida dos peixes é sentido na diminuição em milhares de toneladas que abasteciam os frigoríficos exportadores e as famílias das comunidades amazônicas.

O pior de tudo é que estamos assistindo a tudo isso de camarote, na nossa, de braços cruzados. Depois de deixar a área rural e morando nas periferias das cidades, o povo amazônico segue se alimentando de ovos e salsicha. De uma alimentação saudável passamos para o acúmulo de gordura nas coronárias.

De pescadores e plantadores da várzea para as várzeas das periferias das cidades... que mundo mudado e em mudança. O pior é o rastro que vai ficando na natureza e nas pessoas!


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