O Brasil tem assistido ao vivo, na TV, praças e ruas de diversas cidades o nascer de um novo grito do Ipiranga. Um grito por um país mais igual e com melhores serviços públicos. Esse grito, preso na garganta há cinco séculos num país, onde poucos são os donos de quase tudo e a grande maioria segue com as sobras dos grandes banquetes e farras.
Os gritos oscilam desde murmúrios a gestos furiosos que ultrapassam o bom senso e apagam com a força o grito de quem por amor a essa pátria Brasil, sonham um país diferente, onde a democracia, chama que ainda arde fumegando e deixando fios de fumaças de ar, convida a luta pelo sonho impossível da certeza que ela ainda é o mal menor nos sistemas de governo.
Os jovens que saíram as ruas são muito mais instruídos do que os da minha geração. Buscam respostas para os anos gastos em bancos de escolas e dinheiro suado seu ou de seus pais, investido em faculdades particulares.
As sementes foram plantadas e o tempo dirá se germinarão; porém, só a ousadia de plantarem a semente já dar sinais de que novos tempos diferentes estão em serviço de parto!
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