domingo, 1 de maio de 2016

Dia do Trabalhador... e o Trabalho

 
Comemoramos hoje o dia do Trabalhador, só não é feriado devido o calendário marcar a data num dia de domingo e está como a maioria dos feriados do Brasil, apenas um dia de folga, de curtição sem outro sentido, sem ter o que comemorar. No atual "Estado de Crise" que o país atravessa, num ano os números indicam que "Dez Milhões de pessoas perderam um empego" e os salários que se mantém empregados estão cada vez mais valendo menos, perdendo o poder de compra.
 
Nesses últimos anos com a chegada das tecnologias em todas as áreas da vida humana, a grande maioria dos tipos de trabalho sofreram de forma tão grande a interferências das máquinas e programas de computador que foram mudando, mudando, quando nos demos conta a mudança já era grande. Vários tipos de serviços não precisam nem mesmo da ação humana, principalmente nas áreas da eletrônica e automobilística, onde as máquinas fazem por si só, o trabalho de vários mãos. A mesma coisa aconteceu na agricultura, os tratores substituíram a mão de obra, causando assim um grande número de desemprego.
 
A mudança no mercado de trabalho puxou a mudança das relações entre as leis trabalhistas, os empregados, os patrões e os sindicatos, representantes "oficiais" dos trabalhadores. Antes os patrões se viam forçados a negociarem o trabalhador ou o sindicato da categoria de serviços de sua empresas, hoje, o trabalhador em desvantagem diante de uma massa sobrante e da tecnologia se vê o brigado a aceitar as situações salariais e as condições de trabalho.
 
Mais ou menos pelo meio da década de 80, os sindicatos percebendo suas forças, partiram para um novo campo de batalha, a luta política partidária. Quem tinha liderança e estava a frente da entidade representativa dos trabalhadores, se candidatou a um cargo eletivo, muitos se elegeram e em geral não representaram a força trabalhista e sim a si mesmos e a seus partidos, principalmente aqueles que fizeram da "Política" uma forte de emprego; resultado, o trabalhador enfraquecido, teve suas representatividade, o sindicato também enfraquecido. As grande manifestações trabalhistas no dia "Primeiro de Maio" puxadas pelos sindicatos dos trabalhadores deixaram de existir, os sindicatos perderam a força.
 
As prefeituras têm sido nesses últimos anos, grande fonte de emprego, mesmo que não sejam fonte de trabalho. Os empregos não estão ligados ao trabalho que a pessoa pode fazer, em geral estão ligados ao título do empregado. Assim, estão em sua grande maioria no limite suportável de empregar pessoas.
 
Por um lado é duro comemorar esse dia sem trabalho e sem perspectivas de trabalho, por outro lado, candidatos em suas campanhas eleitorais, estão a pleno vapor, num Brasil de desempregado estão negociando empregos com trabalhos ou por votos. Assim segue o Brasil que estamos construindo!
 


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