Bailé das Garças no Igarapé do Espírito Santo
Todas as manhãs, sem falta, elas dançam fazendo acrobacias sobre o verde que ainda cobre as poucas e sujas águas do Igarapé do Espírito Santo. Devem entender que com esse nome, o santo igarapé, só pode fazer parte do paraíso de onde elas vêm.
Elas, as garças, desafiam a vida e a morte para tentar a última jogada da vida; acima de tudo a beleza. É para tentar encantar a nós que já perdemos o belo e o transformamos apenas em obejto de uso sexual para satisfazer nosso prazer. Tudo pode ser comprado, tudo pode ser vendido. E elas gratuitamente desafiam esse modo de ser e de viver marcado por relações meramente capitalista.
Elas, as garças, desafiam a vida e a morte para tentar a última jogada da vida; acima de tudo a beleza. É para tentar encantar a nós que já perdemos o belo e o transformamos apenas em obejto de uso sexual para satisfazer nosso prazer. Tudo pode ser comprado, tudo pode ser vendido. E elas gratuitamente desafiam esse modo de ser e de viver marcado por relações meramente capitalista.
Mais como já perdemos a capacidade de admirar o belo, elas parecem sobrar com o branco, sobre o tapete verde. Não se importam, vão tentando com seus gingados, passes e encantes viver a missão de dizer que o belo não tem preço e que a beleza é sempre gratuita.
Quem sabe um dia, quando elas não vierem mais, iremos lembrar, daí só o vazio nos trará a lembrança do que aqui já teve. Enquanto tiver igarapé, um tiquinho só, elas estarão nos presentiando com sua graça.
Estão dando o último grito que o Igarapé do Espírito Santo gostaria de dar. Grito da beleza que grita sua dor... Será que somos capazes de ouvir?
Quem sabe um dia, quando elas não vierem mais, iremos lembrar, daí só o vazio nos trará a lembrança do que aqui já teve. Enquanto tiver igarapé, um tiquinho só, elas estarão nos presentiando com sua graça.
Estão dando o último grito que o Igarapé do Espírito Santo gostaria de dar. Grito da beleza que grita sua dor... Será que somos capazes de ouvir?
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