Um Vírus Letal
O estivador João Brasil ficou estupefado quando uviu o noticiário no rádio sobre o afastamento de um juiz de direito do Amazonas. Ficou ainda mais assombrado quando escutou o radialista dizer que o juiz seria aposentado compulsoriamente.
João Brasil tem 50 anos de idade e trabalha há 32 como estivador, ou seja, para conseguir se aposentar por tempo de serviço terá de trabalhar por mais três anos. Ele está feliza por ter começado a trabalhar cedo, com 18 anos já tinha sua Carteira de Trabalho Assinada, pois se tivesse de se aposentar por idade teria de esperar por mais 15 anos.
Ao escutar a reportagem no rádio, João Brasil ficou indignado, assim com tantos outros ouvintes sintonizados naquele momentos. O dito juiz amazonense foi acusado de improbidade administrativa, tráfico de influência, uso de laranjas em negócios comerciais e uso do cargo para obtenção de vantagens pessoais.
Após investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ficou comprovado materialmente o envolvimento do magistrado. Par JOão Brasil, que há 32 anos carrega, literalmente, o País nas costas, o destino do juiz deveria ser a cadeia. Mas a pena para o réu será uma aposentadoria com salários proporcionais ao tempo de serviço.
João Brasil pensou: "Isso é que é! Eu trabalho duro, faça chuva ou sol. Ganho um salário que garante apenas o sustento. Pago todos os impostos que me são cobrados e nunca me meti em confusão porque tenho certeza que a Polícia não pensaria duas vezes antes de me trancafiar numa cela suaj e superlotada de marginais.
Pelo meu comportamento de cidadão exemplar terei uma aposentadoria mixuruca, que serei obrigado a completar com "bicos" até minhas forças acabarem, Já o "doutor", trabalha em uma sala com ar-condicionado, ganha um salário dos sonhos, que deve garantir o sustento de alguns luxos, e, mesmo assim, entrou para o mundo do crime.
João Brasil, na verdade, é cada um dos milhares de brasileiros que já estão cansados de situação como esta. O sentimento de impunidade, infelizmente, ainda encontra eco em diversos segmentos da sociedade.
É assim no Judiciário, no Legislativo, no Executivo,na iniciativa privada, enfim, em todas as áreas encontramos foco de corrupção e desonestidade, como se fosse um vírus letal que ameaça a nação chamada Brasil.
Editorial do jornal A Crítica de sexta feira!
João Brasil tem 50 anos de idade e trabalha há 32 como estivador, ou seja, para conseguir se aposentar por tempo de serviço terá de trabalhar por mais três anos. Ele está feliza por ter começado a trabalhar cedo, com 18 anos já tinha sua Carteira de Trabalho Assinada, pois se tivesse de se aposentar por idade teria de esperar por mais 15 anos.
Ao escutar a reportagem no rádio, João Brasil ficou indignado, assim com tantos outros ouvintes sintonizados naquele momentos. O dito juiz amazonense foi acusado de improbidade administrativa, tráfico de influência, uso de laranjas em negócios comerciais e uso do cargo para obtenção de vantagens pessoais.
Após investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ficou comprovado materialmente o envolvimento do magistrado. Par JOão Brasil, que há 32 anos carrega, literalmente, o País nas costas, o destino do juiz deveria ser a cadeia. Mas a pena para o réu será uma aposentadoria com salários proporcionais ao tempo de serviço.
João Brasil pensou: "Isso é que é! Eu trabalho duro, faça chuva ou sol. Ganho um salário que garante apenas o sustento. Pago todos os impostos que me são cobrados e nunca me meti em confusão porque tenho certeza que a Polícia não pensaria duas vezes antes de me trancafiar numa cela suaj e superlotada de marginais.
Pelo meu comportamento de cidadão exemplar terei uma aposentadoria mixuruca, que serei obrigado a completar com "bicos" até minhas forças acabarem, Já o "doutor", trabalha em uma sala com ar-condicionado, ganha um salário dos sonhos, que deve garantir o sustento de alguns luxos, e, mesmo assim, entrou para o mundo do crime.
João Brasil, na verdade, é cada um dos milhares de brasileiros que já estão cansados de situação como esta. O sentimento de impunidade, infelizmente, ainda encontra eco em diversos segmentos da sociedade.
É assim no Judiciário, no Legislativo, no Executivo,na iniciativa privada, enfim, em todas as áreas encontramos foco de corrupção e desonestidade, como se fosse um vírus letal que ameaça a nação chamada Brasil.
Editorial do jornal A Crítica de sexta feira!
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