terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Onde está o diheiro?

A Petrobras esse ano que passou se superou na exploração de gás e petróleo. Bateu seu record. A cada ano ela está se transformando numa empresa que mostra para que veio. Investindo cada vez mais em pesquisadores, geradores de pesquisas que fazem da nossa Petrobras uma das maiores no ramo.
Desde o governo Fernando Henrique Cardoso que o Brasil busca através da Petrobras e do projeto Petróleo cem por cento nacional ter sua autonomia para o consumo no país. Ainda estamos distante, mas, pelo que tudo indica será só uma questão de tempo. Principalmente agora que está dominando com excelente competência a exploração de petróleo e gás no mar.
Nos últimos dois meses de 2007 ela trouxe divulgou o achado de uma grande jazida de gás no mar. É justamente o gás que mais importamos da nossa vizinha e complicada Venezuela.
O Amazonas está em segundo lugar na produção de gás, veja lá, quase todo esse gás está na jazida encontrada em Urucu. Isto significa que Coari está em segundo lugar do país na produção de gás natural. Esse gás gerará uma receita sem precedente para o Brasil e servirá acima de tudo para movimentar as geradoras de energia, as atuais termoelétricas de hoje que funcionam movidas a deesel, elas passarão a ser movidas a gás, energia limpa e mais barata. O governo está torcendo pela Petrobras cada dia mais.
Nós coarienses, os de sangue e os de coração estaremos aguardando os manjares do dinheiro da exploração dessa jazida, que além de ter gás, tem também petróleo. O que sabemos é que a Petrobras repassa para o município os roialtyes e cada mês são milhões de reais. Para onde esse dinheiro vai é que ninguém sabe. A coisa está igual a música de Rita Lee: "Onde está o dinheiro?, onde está o dinheiro?, o gato comeu, o gato comeu, está no estrangeiro... onde está o dinheiro?
Coari com todo esse dinheiro, esses milhões, o segundo orçamento do Estado do Amazonas, ostenta situações de educação, qualidade de vida, óbitos, agricultura, pecuária, iguais a Codajás, Anori, Anamã, Beruri e Caapiranga que têm orçamentos nanicos diante do gigantesco valor anual da terra do gás e do petróleo.
Por causa disso são vários os gritos, as interrogações que não querem calar. Claro que são abafadas pela força do poder da grana. Essa grana abafa os gemidos daqueles que morrem de fome, que vivem em casas caindo os pedaços, que não têm sanitários, de magras crianças cheias de vermes que brincam no barro e cedo estão na prostituição e no mundo das drogas, visto que é daí que tiram miseráveis reais para o pão de cada dia.
Grana que abafa a fala dos "meios de comunicação", dos professores, das pessoas que não aceitam o modo ditador de governar; essas sofrem vários tipos de cala-boca, principalmente a ameaça da perda de emprego, o seu e de seus familiares.
Grana que abafa o grito da arte... é o fim, não poderia ser pior. A grana que recebemos, toda riqueza que temos está servindo acima de tudo para enriquecer uma meia dúzia de pessoas que sabem fazer o jogo do tipo de poder dominante que se instalou em Coari feito câncer, que nem nenhum tipo de remédio consegue curar. Na sua maioria gente de fora e que não investe um centavo na cidade, não mete um prego em barra de sabão.
Enquanto esse tipo de câncer estiver estabelecido, seremos pobres e cada vez mais pobre. O pior de tudo é que não há esperanças. Os que virão serão iguais ou até piores. A única opção que temos é trocar o diabo pela mãe dele!

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