sábado, 13 de dezembro de 2008

O exemplo que nos vem da terra do Boi
Nem só de folclore e toada de boi vive o município de Parintins. Estampando uma página inteiro do Caderno Bem Viver do jornal A Crítica a notícia da Academia Parintinense de Letras, fundada no dia 29 de novembro deste ano, alegra o povo da ilha. Estimular a produção literária amazonense na divulgação das obras de autores locais, formar novos escritores e sobretudo, desenvolver conhecimento é o compromisso/objetivo da Academia.
A instituição faz parte de um projeto da Academia Amazonense de Letras de interiorização da organização dos intelectuais no Amazonas.
É um avanço para a pesquisa e a valorização da cultura, Parintins está na frente. Não é atoa que a melhor escola do Estado do Amazonas está na Ilha. E os parintinenses se orgulham e vão para frente, agora com mais este importante órgão de cultura.
Enquanto isso na terra do gás e do petróleo andamos para trás. Estamos em retrocesso cultural. Dois importantes patrimônios culturais do município de Coari foram eliminados na atual administração; um material e o outro imaterial.
O patrimônio material eliminado foi a biblioteca, com tanta vontade e conhecimento cultural o atual administrador do município, transformou a biblioteca municipal em garagem particular da prefeitura, para o prefeito.
O patrimônio imaterial banido de Coari foi o carnaval, inspiração nata, tudo feito com suor e criatividade desse povo tão sofrido e tão criativo. Nosso carnaval foi transformado numa cópia grosseira do carnaval baiano. Tanto os trios, como os artitas vêem de lá.
Isso prova que nem sempre quem tem dinheiro, tem cultura. O município de Parintins tem um orçamento de três a quatro vezes menor que o de Coari, e está muito mais avançado culturalmente que a terra do gás e do petróleo.
Enquanto ficamos gastando dinheiro em concreto, transformando bibliotecas em garagem, trocando os artistas locais pelos baianos, contando e colocando dinheiro em malas; os parintineses estão ganhando prêmios com suas escolas e fundando academia de letras.
Estamos bem... bem mal!

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