quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Uma outra Codajás é possível
Depois de deixar a estrada e ter chegado em Manaus, fazer uma infinidade de coisas; peguei um expresso, o Princesa Hellen e vir para Codajás; foram sete horas e meia, nunca demorei tanto num transporte desse tipo para chegar na terra do açaí. Além de lento, deixa muito a deseja no quesito higiene.
Essa cidade parece que tem mil anos e é tudo igual, uma tipica pequena cidade do interior do Estado, com todas as suas carecterísticas amazônicas. E nesse período das férias tudo parece mais vazio ainda, visto que tanto professores, como alunos aproveitam para viajar a Manaus.
Morei aqui a 15 anos atrás, de lá para cá, durante esse período poucas coisas mudaram na estrutura, principalmente no quesito saneamento básico; isso não quer dizer que ela não tenha aumentado no número de pessoas, nesse sentido, cresceu e muito. É visível as novas áreas habitacionais. Porém, os problemas básicos de saúde, educação e desenvolvimento humano continuam os mesmos.
Como toda cidade da Amazônia é rica por natureza, com mil e uma possibilidade de um outro tipo de economia que possibilitasse melhor qualidade de vida da população; porém não há nenhuma preocupação da parte dos admistradores de encontrar outros caminhos para uma economia de geração de rendas. E o povo vai fazendo sua estrada de empobrecidos, apenas uma pequena parcela da população tem uma estrutura de vida com mais qualidade.
Nesses últimos anos há muita gente investindo em plantar açaí, é uma proposta de uma economia mais variada e tudo facilita para que esse tipo de cultura dê certo no município, principalmente o solo. Com o crescimento de investimento no açaí, se criou uma cooperativa municipal que com financiamento do Banco do Brasil tem conseguido exportar o açaí em forma pastosa para Os Estados Unidos.
Esse é um dos caminhos mais promissores para os municípios da Amazônia; produzir sem destruir, pelo contrário, exige preservação. E Codajás, nos seus mil desafios está tentando pelo açaí encontrar caminhos para outras estradas de uma melhor qualidade de vida, para esse povo que vive numa região tão rica e é tão pobre!

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