sábado, 6 de março de 2010

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Passando outro dia por Manaus, fui até o "Largo São Sebastão", chegando lá me deparei com uma apresentação cultural, fazia parte da programação cultural Secretaria Estadual de Cultura do Estado do Amazonas.

Foram duas aprensetações, a primeria de canto e música lírica acompanhados de piano e a segunda de uma companhia de dança áreabe. Os dois grupos trabalham com elementos de culturas estrangeiras. Nada contra ter contato com uma outra cultura. É sempre bom, ter o que bom dos outros.


Nossa Secretaria Estadual de Cultura tem sofrido a crítica de que gasta grande parte de seu orçamento em ações culturais para serem apresentadas no espaço do Largo São Sebastião e depois com grupos que não são de casa. Até mesmo a cidade de Manaus quase não tem espaços disposiníveis para uma programação cultural mais próxima do povo.

Infelizmente são poucas as pessoas da cidade de Manaus que chegam até o Largo para aproveitar da programação cultural apresentada pela secretaria cultural; primeiro pela distância que o local está da maioria dos bairros, segundo pelo tripo de aprensetação pouca popular; muito elitizada.


Se a secretaria estadual de cultura quase nem chega na cidade de Manaus, no interior, distante da capital é que a coisa fica longe mais ainda.

Sobram então os questionamentos para quem são as atividades culturais dessa secretaria?

Tanto dinheiro para quem tem dinheiro de ter acesso a atividades culturais por tantos locais afora. Infelizmente o Estado perde muito com essa prática. Lembrando que o secretario de cultura, colocado onde está, sabe agradar a classe média alta e os ricos de Manaus com suas atividades culturais. O governo também precisa do voto e o do apoio a gente dessa classe. Principalmente do apoio!

2 comentários:

EMANOEL FILHO disse...

Caro Padre, o senhor está corretíssimo. O poder constituido tem que fortalecer o que vem da base, fortalecer o nosso DNA cultural, pois é dele que deriva tudo em relação a nossa cultura. Esta visão distorcida voltada para o além-mar, que se esquece do nosso interior, visão das beletrices parnasianas e não uma visão rosiana - GRANDE SERTÃO - do país, visão que MÁRIO DE ANDRADE tão bem começou com a semana de arte moderna, visão de JK tão bem edificada, no urbanismo genial de LÚCIO COSTA e na forma magistral de OSCAR NIEMEYER, no interior do país, para que ali chegasse todo tipo de desenvolvimento, enfim uma visão de BRASIL que esses loucos geniais nos deixaram como herança, e nós com o caminho já aberto por eles damos as costas e copiamos os rococós, as futilidades e o que é pior nem sequer preparamos o povo para entender o que está sendo apresentado. ME PARECE QUE ESTE SECRETÁRIO DE CULTURA USA A SECRETARIA COMO SE FOSSE UM BEM PESSOAL, FAZ OS ESPETÁCULOS PARA O SEU DELEITE E DE SEUS "AMIGOS". Infelizmente é assim que a coisa pública funciona neste país e em especial aí na região norte. O que não podemos é perder esta visão de BRASIL que temos, pois em algum instante e em algum lugar vamos colocar esta nossa visão em prática. Parabéns pela postagem.
EMANOEL FILHO

EMANOEL FILHO disse...

Padre, o senhor já reparou que quando o senhor escreve algo mais profundo, que afeta o dia a dia das pessoas, más que elas não se apercebem que é bom para elas, elas nem ligam. Só comentam mesquinharias. Quando falamos de cultura, de sentimentos mais profundos, da própria existência, nada disso vale. Nosso povo vive do fast food, da superficialidade e não se dá conta que em face disto é que os aproveitadores manobram sem dó nem piedade. Não se desanime ao escrever sobre a existência, pois um dia poremos nossos pensamentos em prática. Avante, um abraço, EMANOEL.