Sabores de Deus
Lentamente estamos devorando a Amazônia e toda sua diversidade. A riqueza é enorme, mais usada irresponsávelmente. Usamos o grande patrimônio, uma herança preservada para nós pelos indígenas; iguais filhos irresponsáveis gastando uma herança, um patrimônio construído com suor por seus pais.
Todos os dias nossos animais caem à força da bala manchando de vermelho o verde da mata e sentem na carne o aço da lâmina a rasgar suas carnes e transformar o que era belo pela força da grana.
E todos os dias eles desfilam pelas cidades amazônicas, nas suas ruas, bêcos e praças é comum, basta se interessar para encontrar em sacolas disfarçadas carne de cutia, de anta, de capivara, de tatu, de macacos, de paca, de patos do mato, marrecos, megulhões; enfim, é um mundo de carne esquartejada chegando nas nossas panelas.
Todos os dias nossos animais caem à força da bala manchando de vermelho o verde da mata e sentem na carne o aço da lâmina a rasgar suas carnes e transformar o que era belo pela força da grana.
E todos os dias eles desfilam pelas cidades amazônicas, nas suas ruas, bêcos e praças é comum, basta se interessar para encontrar em sacolas disfarçadas carne de cutia, de anta, de capivara, de tatu, de macacos, de paca, de patos do mato, marrecos, megulhões; enfim, é um mundo de carne esquartejada chegando nas nossas panelas.
Há uma economia informal construída nas belezas dos animais de nossa floresta. A riqueza é quase infinita. E essa economia não é de agora. Por falta de empregos, de estruturas geradoras de uma economia capaz de construir rendas para as famílias; muitos são os que fazem da caça, praticamente, sua única fonte de dinheiro.
Minha inquietação é que não vejo nenhuma luz do fim do túnel. Não existe nenhum município amazônico buscando construir uma economia com o mundo da floresta valorizando, reconhecendo que é possível gerar rendas sem destruir.
Não sou contra uma economia com o mundo da floresta, fazer do modo que tem que ser feito é o desafio - consumir, sem destruir!
Os que vivem dessa economia, os caçadores, geralmente são pobres, não vêem uma economia que lhes ajude a viver. Como deixar esse modo de vida, se não lhe apresentamos outros?
Minha inquietação é que não vejo nenhuma luz do fim do túnel. Não existe nenhum município amazônico buscando construir uma economia com o mundo da floresta valorizando, reconhecendo que é possível gerar rendas sem destruir.
Não sou contra uma economia com o mundo da floresta, fazer do modo que tem que ser feito é o desafio - consumir, sem destruir!
Os que vivem dessa economia, os caçadores, geralmente são pobres, não vêem uma economia que lhes ajude a viver. Como deixar esse modo de vida, se não lhe apresentamos outros?
O sabor amazônico é um manjar dos deuses. Somos a última fronteira da gastranomia mundial Não é atoa que chefs de diversas partes do mundo viajam para cá em busca de novos sabores, existentes só aqui.
Pupunha com café, cozido de bodó, sarapéu de tracajá/tartaruga, matrichã assada, guizado de cuiú-cuiú, sanduiche de tucumã, entre outras delícias, são sabores que não existem noutra parte do mundo.
Precisamos transformar em capital de qualidade de vida, esse monstro capital de sabores; onde a dona o homem e a mulher de nossa Amazônia perceba que são donos de uma riqueza infindável!
Talvez isso ainda levará muito tempo, quem sabe, quando a ficha cair, já tenhamos perdido a maior parte dessa riqueza. Geralmente o ser humano só reconhece o que tem/tinha, quando perde!
Pupunha com café, cozido de bodó, sarapéu de tracajá/tartaruga, matrichã assada, guizado de cuiú-cuiú, sanduiche de tucumã, entre outras delícias, são sabores que não existem noutra parte do mundo.
Precisamos transformar em capital de qualidade de vida, esse monstro capital de sabores; onde a dona o homem e a mulher de nossa Amazônia perceba que são donos de uma riqueza infindável!
Talvez isso ainda levará muito tempo, quem sabe, quando a ficha cair, já tenhamos perdido a maior parte dessa riqueza. Geralmente o ser humano só reconhece o que tem/tinha, quando perde!
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