quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Misérias existenciais


O Papa Francisco, no início do seu pontificado incentivou os cristão católicos a saírem em Missão e irem as "misérias existências". Claro, que insistiu que a Igreja ela própria - padres, bispos... seja pobre como os pobres e em geral estamos acostumados a pensar que a Igreja deve atender os pobres como forma de ajudá-los, quanto a isso, ele alertou que a Igreja não pode ser uma ONG, sendo assim, precisa avançar nas realidades da humanidade para além de apenas a pobreza material.

Ir até nossas misérias existências é caminhar por caminhos escuros sem uma luz que dê clareza onde se pisa; por isso se vai tateando até onde queira ou possa ir, seja no nível pessoal ou social. E tanto no nível pessoal como social precisamos superar muitas coisas. O primeiro está em moda, são muitos os gurus e com o Facebook, parece que cada um de nós sabemos tudo de ser humano, principalmente quando a pessoa a ser mudada é o outro. Ficar escrevendo no Facebook é fácil, em geral coisas copiados dos outros perfis ou de livros.

Já no nível social, são poucos os que se arriscam andar por essas realidades existências que geram diversos tipos. Melhor é deixar quieto, assim ninguém mexe comigo e não me prejudico. Principalmente quem está na zona de conforto, isto é, que já conseguiu uma boa renda, uma casa bem murada para se proteger dos ladrões e deixar os pobres necessitados longe, tem um carro, cartão de crédito, plano de saúde.

Andar por essa realidade não é fácil, é se expor com os donos dos poderes = econômico, político e intelectual. É cutucar onça com vara curta. E geralmente pensamos que devemos está bem com os donos dos poderes para ganharmos dinheiro, status, benefícios, favores, etc.

Quem se arrisca andar por essa periferia vai mexer com os interesses e aguente, pois, não há capacetes e coletes a provas de balas, processos e de línguas; os tiros são para atingir o peito e alma para sempre. Será que nós cristãos e homens de boa vontade temos a coragem profética para irmos as ruas das realidades existenciais?


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