terça-feira, 20 de agosto de 2013

O peixe nosso de cada dia


O verão segue seu ritmo escaldante no centro do estado do Amazonas e na calha central do Solimões, homens vestidos com longas blusas enfrentam com suas redes de pesca esse sol que queima até a alma. Com a pele que começa a curtir nesse início de estação destribuem os tambores amarrados nas fortes cordas de suas redes gigantes que medem para além de 500 metros.

Essa cena se repete a cada verão, quando as águas começam a baixar e os peixes "lisos" são presas fáceis aos pescadores e seus "arrastões" que tudo pescam num raio de mais de meio quilometro por toda a extensão do Marañon, Solimões e Amazonas desde o Perú até o oceano Atlântico e isso, por décadas.

A cada ano os rios se esvaziam e o tamanho dos peixes pescados diminuem. A pesca predatória nessa época do ano é antiga e não encontra nenhum empecílio, isto é, não há órgãos seja do governo, como da sociedade civil desorganizada que efetue sobre essa realidade qualquer tipo de fiscalização.

A empresas de pesca, pequenas ou grandes; os pescadores ligados a sindicatos, associações ou sindicatos executam esse tipo de pesca com total liberdade e com um único objetivo = lucrar. Não há por parte de ninguém, pessoa ou instituição qualquer projeto de preservação voltado para um futuro que garanta o peixe para todos e até mesmo a preservação das espécies do mundo das águas.

O futuro pode nos aguardar com muitas surpresas e é só o tempo chegar!

 

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