domingo, 22 de dezembro de 2013

Marirana


Essa é uma das frutas que está no DNA da minha infância coariense. Fazia muito tempo, mas, muito tempo mesmo que não encontrava uma dessas e encontrá-la levou-me por uma viagem no tempo;  a tempos idos, daqueles que a melhor frase para descrevê-lo é: "velhos tempos, belos dias".

Hoje andando pelo mundo das estradas d'água e de matos me deparei com uma árvore da fruta na beira do caminho de uma Vila no Paranã do Iauara no município de Beruri, centro do estado do Amazonas... estava carregada e lá fui eu atrapalhar e atrasar a equipe. Armado de um pedaço de árvore seca, fui  jogando árvore acima, numa mira sem rumo, acertando mais na imensidão de folhas que nas frutas espalhadas em seus galhos. Com o braço cansado, quase saia de mãos abanando, caso não fosse o socorro dos amigos expertes nas mangueiras dos vizinhos!

Tudo nessa fruta me conquista = sua cor que vai do laranja ao vermelho cor de carne viva, quase cheia de sangue a pulsar nela. Seu gosto e cheiro indescritível e sua textura pastosa. Algo sem igual.

Um creme feito por Deus, quase como que de carne humana, para nós humanos!


Um comentário:

Fernando Matos . Boa vista-rr disse...

Sensacional descrição da fruta, que também fez parte de minha infância.