Faz tempo que não escrevo por aqui. Fiz promessas de ser
fiel aos textos de manter o blog atualizado, nao fui fiel e tudo continuou
sendo povoado por teias de aranhas. Essas mal traçadas linhas também nao significam
continuidade; estão mais para sementes jogadas ao vento, quem sabe caia em
algum olhar navegando por esse sítio perdido no meio da floresta Amazonica. Quem sabe.
Quando comecei a escrever em blog, no Coaripolis,
corria o ano de 2004; não sabia o que escrever, copiava e colava as parcas
coisitas que apareciam na mídia, nos jornais e eram, de fato, quase nada. Dizia
na época: "que escrever sobre Coari, era como escavar com os dedos no
alfasto quente do meio dia". Depois lentamente fomos entendendo que
tínhamos que arriscar com o nosso próprio olhar sobre a realidade da terra do
gás e do petróleo. O lucro, o preço a pagar foi alto, perseguicões e um processo.
Outros foram chegando, colocando na tela
os seus olhares, partindo de seus interesses, escondendo a realidade; depois,
vencidos pela força da grana e
pela ambição que os
devorou e o que restou foi o silencio!
Hoje, com a atual situação de Coari o que nos resta são pedaços de nossas histórias desperdaçados, espalhados na vida de um povo
sofredor; uns com fome de pão, outros com fome de esperancas, outros de sonhos,
outros de justiça, outros de
sensibilidades, outros do olhar da compaição. E todos seguimos mumificados por uma realidade que nos
desafia por inteiros.
Já não há caminhos feitos, tudo parece
voltar ao ponto zero; precisamos refazer conceitos, revisitar nossos valores
humanos e perguntar o que queremos da riqueza que habita as veias das terras
coarienses?
Encarar com seriedade o que aprendemos até
aqui. A certeza é que para nossa ambição nao há limites; é um dragão que nos devora, que a tudo
devora e a todos devora. Aprendemos que quem critica sem está do lado de quem
está com a chave no milionário cofre do Palácio 02 de Agosto, não significa que
está revelando com sinceridade suas verdadeiras intenções; possa ser que seja pior do os que lá
estão.
O pior de tudo é que estamos perdendo a
esperança de confiar em
alguém que de fato possa fazer a diferença e o diferente!
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