quinta-feira, 19 de abril de 2012

Rui Machado, o nosso Ajuricaba 

Com o título o "Guardião de Memórias" a revista Bossa ilustra suas páginas com uma bela matéria sobre Rui Machado e sua arte. Ele que tem encantado a todos mostrando com beleza e traçcos fortes o mundo amazônico e ultimamente está sendo descoberto, tal qual a sua arte.

Pelo bem que está fazendo ao mundo amazônico, pricipalmente o indígena, merece todas as homenagens de nós descendentes e pertencentes a este mundo de milhares de anos.

Admirando, contemplando sua obra pode-se chegar a conclusão que ele vai muito além do título dado a ele pela revista de "Guardião de Memórias", não descarto que seja como nos mostra a bela matéria, porém, ele nos revela memórias que atravessam o tempo de incontáveis anos, de mundos distantes não pela geografia, mas, pelo tempo.

Como arquiológo, com sua arte, expõe mundos que foram despedaçados e enterrados com muitas camadas de barro, ferro, chumbo, aço e outros metais, para que nunca mais voltassem a serem vistos. Era tanta beleza que envergonhava os que aqui chegaram com seu mundo feio pela ambição e pela morte.

Com sua arte Rui Machado está nos mostrando os traços, as cores, as formas das histórias até aqui enterradas. Tudo é tão forte e tão vivo que exala até o perfume dos cacos e dos corpos ressuscitados. Falar é pouco no que o Rui expressa; as cores gritam o grito preso na garganta dos que nunca tiveram voz e nem vez.

Arrancando máscaras e mostrando realidades, ele segue como um guerreiros de todas as tribos, armado de pincel e tinta, que são os seus arcos, flechas e lanças, numa luta onde a arte da beleza questiona e inquieta os que são capazes de matar o corpo e anima para as lutas os que pareciam vencidos pela força da grana que destrói coisas belas.

Aliado de todos os povos indígenas da Amazônia, a beleza que nos encanta de sua arte, comunica que só ela é capaz de vencer os ganhões e mostrar vida a todos, onde muitos só são capazes de perceberem a morte.

Com seus traços, riscados de marcas deixadas no tempo, anuncia que todos os dias é dia desses povos que com sabedoria convivem com a natureza e dela se fazem irmãos. E para além de tudo, nos convida a olharmos para nós e descobrirmos o índio, a índia que mora em nossa alma e que hoje é o nosso dia. O Dia do Índio!

Um comentário:

carlos henrique disse...

EU, Indio? Nunca! Era assim que muita gente dizia quando alguém chamava os amazonidas de indigena. Hoje devido os beneficios que os indigenas tem direitos todos queremos ser indio. A verdade é que antes tinhamos vergonha de ser chamado de indio...