Rui Machado, o nosso Ajuricaba
Com o título o "Guardião de Memórias" a revista Bossa ilustra suas páginas com uma bela matéria sobre Rui Machado e sua arte. Ele que tem encantado a todos mostrando com beleza e traçcos fortes o mundo amazônico e ultimamente está sendo descoberto, tal qual a sua arte.
Pelo bem que está fazendo ao mundo amazônico, pricipalmente o indígena, merece todas as homenagens de nós descendentes e pertencentes a este mundo de milhares de anos.
Admirando, contemplando sua obra pode-se chegar a conclusão que ele vai muito além do título dado a ele pela revista de "Guardião de Memórias", não descarto que seja como nos mostra a bela matéria, porém, ele nos revela memórias que atravessam o tempo de incontáveis anos, de mundos distantes não pela geografia, mas, pelo tempo.
Como arquiológo, com sua arte, expõe mundos que foram despedaçados e enterrados com muitas camadas de barro, ferro, chumbo, aço e outros metais, para que nunca mais voltassem a serem vistos. Era tanta beleza que envergonhava os que aqui chegaram com seu mundo feio pela ambição e pela morte.
Com sua arte Rui Machado está nos mostrando os traços, as cores, as formas das histórias até aqui enterradas. Tudo é tão forte e tão vivo que exala até o perfume dos cacos e dos corpos ressuscitados. Falar é pouco no que o Rui expressa; as cores gritam o grito preso na garganta dos que nunca tiveram voz e nem vez.
Arrancando máscaras e mostrando realidades, ele segue como um guerreiros de todas as tribos, armado de pincel e tinta, que são os seus arcos, flechas e lanças, numa luta onde a arte da beleza questiona e inquieta os que são capazes de matar o corpo e anima para as lutas os que pareciam vencidos pela força da grana que destrói coisas belas.
Aliado de todos os povos indígenas da Amazônia, a beleza que nos encanta de sua arte, comunica que só ela é capaz de vencer os ganhões e mostrar vida a todos, onde muitos só são capazes de perceberem a morte.
Com seus traços, riscados de marcas deixadas no tempo, anuncia que todos os dias é dia desses povos que com sabedoria convivem com a natureza e dela se fazem irmãos. E para além de tudo, nos convida a olharmos para nós e descobrirmos o índio, a índia que mora em nossa alma e que hoje é o nosso dia. O Dia do Índio!
Um comentário:
EU, Indio? Nunca! Era assim que muita gente dizia quando alguém chamava os amazonidas de indigena. Hoje devido os beneficios que os indigenas tem direitos todos queremos ser indio. A verdade é que antes tinhamos vergonha de ser chamado de indio...
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