sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Apocaliptyco
Qualquer pessoa com um pouco de bom senso vai estranhar a forma que os bois de abate são tratados, transportados e abatidos em Coari. Uma afronta a saúde pública.
Não existe nenhum cuidado com a saúde desses animais e muito menos com a limpeza do ambiente onde vivem. Talvez seja por isso que são abatidos em abatedouros-flutuantes. Coisa de alta tecnologia e que exibimos num dos locais mais bonito da nossa cidade, o nosso lago.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Estou em Manaus por motivo de trabalho. No barco, depois de esticada minha rede e ter começado a ler, fui cutucado por um jovem que o conheci criança. Ele agora é professor da zona rural do município de Coari. Está professor porque tem que tocar a vida, tem mulher e três filhos.
O jovem professor me dizia desabafando que está sem receber o mês de julho e já estamos no fim de agosto.
Na rede ao lado da minha uma senhora pegou o fio da conversa e descascou a mandioca, isso é o fim do mundo, como é que pode isso. Eu dizia "pode".
O jovem professor dizia que na comunidade onde trabalha há educação da primeira série até o terceiro ano do ensino médio. Que bom disse eu. Ele continuou, eu fico com uma turma de primeira a quarta série, outros três professores ficam com as turmas de quinta a oitava série e um professor fica com o "Ensino Mèdio". Não se espante, é isso mesmo, um professor para todo o Ensino Médio.
Eu dizia e como é que é isso? O jovem professor responde, ele dar seu jeito. Continuei e como é que é esse aprendizado?... silêncio.
A senhora da rede ao lado, descascando a mandioca, entrou solando, "isso é uma vergonha", um município tão rico e a educação do povo da zona rural dessa forma.
E continuou descascando dizendo que na próxima eleição ela vai dar o troco, que não vai votar em fulano e nem em fulano e asssim foi. Seguindo sua crença, ela acredita que Deus vai mandar direto do céu um prefeito bom para Coari... e assim a conversa prossegiu!!!
***
Andando por Manaus encontrei um coariense que não via fazia tempos. Depois da trocas habituais de cotezias ele me perguntou onde morava e depois de saber que é em Coari, me disse com tristeza, fazem 20 e tantos anos que não vou na minha cidade, as notícias que vejo no jornal só são de Corrupção...
Com essa entalada na garagnta... nos despedimos!!!
***
Depois de ter deixado o coariense na Praça São Sebastião, fui até a Livraria Valer. Lá encontrei um livro com o título "A Itália da Jayme". Jayme é um dos grandes chef da cozinha inglesa. No livro ele relata sua vivência com a comida italiana. Na introdução diz que uma das coisas que gosta do mundo italiano é ver como o povo da bela Itália ama ser de sua região; italiano sim, mas de sua cidade, do seu povoado da sua vila.
Lendo isso, fiquei pensando no coariense que tinha encontrado... assim como ele muitos coarienses estão desgostosos das notícias que ouve de sua amada cidade... e começam a perder o gosto do sentimento pela terra do coração.
Daniel escreveu um post com o título "Mais incentivo a educação", no fim pedia que postassem lá idéias que pudessem somar. Fui lá e postei as idéias abaixo, se vão sei acolhidas, não sei. Só não quero que venham me dizer que só critico!
Francisco José disse...
Caro Daniel,
Paz e Bem
Gostei da novidade de está aberto nos comentários para acolher idéias para a educação coariense. Você que está perto do 'homem' pode transmitir as que por aqui aparecer.
Coari está com boas estruturas físicas para a educação e outras estão sendo construídas e isso é bom. Agora é trabalhar no conteúdo da educação em si. É aqui que está o desafio encantador.
A impressão que tenho é que os professores estão desmotivados e os alunos não vêem muita esperança de estarem preparados via escola para ter uma boa renda que ajude a viver melhor o futuro.Muito boa a idéia dos trinta mil reais e a motocicleta.
Se conto, aqui algumas idéias:
1. Contratar uma equipe de técnicos em educação para dar suporte a educação do município;
2. Trazer palestrantes de motivação vocaional-trabalhistas na área da educação. Aqui alguns nomes como exemplo: Rubens Alves, Hugo Assmann, Celso Antunes... outros;
3. Ouvir através de formulários os professores e alunos para saber como eles podem se envolver numa mudança educacional do município (uma equipe técnica pode fazer isso);
4. Financiar mestrados e doutorados para nossos professores... isto, fora do Estado ou mesmo do país. Isso vai dar condições deles serem professores nas nossas universidades no futuro próximo;
5. Equipar as escolas com computadores conectados a internet para alunos e professores, para eles podem ser nas suas salas;
6. Construir uma biblioteca digna do nosso município. Que além de livros possa ter revistas, dvds, cds educativos. Talvez mais que uma biblioteca estamos precisando de um centro cultural, não como o Carlos Braga, mas, onde quem quiser um pouco mais de cultura possa ir lá;
7. Que o CoariVest seja de forma mais permanente, seguindo o ano letivo;
8. Disponibilizar internet grátis para toda a cidade. Internet é educação, é cultura;
9. Trabalhar um plano pedagógico mais voltado para nossa região amazônica, mais coariense;
10. Premiar os melhores professores (um por escola) com viagens, para ele e sua família. Uma ida a Fortaleza, cai bem;
11. Fazer concursos de redação, poesias, textos, crônicas com prêmios que os estudantes se sintam motivados para participarem;
12. Que a Sec. Mun. de Educação e as escolas motivem a formação de grêmios estudantis, grupos de estudos, clube de leitura (pode ser acompanhado por algum programa na rádio) e grupo de teatro.
sábado, 25 de agosto de 2007
Hoje será a aula inaugural do CoariVest.
Numa coluna do "Em Tempo Coari" a colunista social deixa claro que a presença do Governador mostra a força política do executivo local... o governador não veio... o homem perdeu a força!!!
Tá certo, o CoariVest é uma excelente idéia, estou torcendo para dar certo. Mais fazer essa gastança toda para sua abertura, melhor seria investir essa dinheirada toda nos professores, no local das aulas, principalmente com compras de computadores, internet, bom material didático.
O circo armado é bem maior do que todo o investimento no projeto em si. O povo quer circo, dar-lhe circo.
Os animais também amam!
É muito comum encontrar no mercado, na feira, em alguns comércio pela cidade e gente que vende a carne da capivara. Geralmente a venda é feita meio escondida. Quem vende faz de conta que esconde e quem devia fiscalizar faz de conta que não vê.
Há décadas que os animais silvestres da Amazônia sofrem uma mortalidade sem fim para abastecer feiras e mercados. A fiscalização é insuficiente e pouco capacitada para fazer o que tem que ser feito.
Pouco a pouco esses animais vão escasseando... Um dia desaparecerão, será só uma questão de tempo!
Foto do blog da Cora
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Quando aconteceu pela primeira vez o CoariVest me impressionei e tirei o chápeu. Essa é a melhor iniciativa da atual administração. A criação de uma ferramenta que é o pré-vestivular para ajuda o jovem a tentar entrar na universidade.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Quem é que manda aqui!!!
O Ministro da Educação esteve essa semana em Manaus com a promessa de investir mais dinheiro na educação do Estado do Amazonas. Estado que ostenta os piores índices de aproveitamendo educacional.
A educação em nossos municípios ficou em penúltimo lugar do Brasil.
Se entrar mais dinheiro para nós amazonenses os politiqueiros agradecem, será mais dinheiro que irá entrar no cano da corrupção. Até chegar no que deveria ser o principal beneficiado com o investimento que é o aluno, boa parte desse dinheiro já ficou pelo caminho.
Coari está no mesmo patamar de qualidade educacional que a maioria dos município do Amazonas, sendo que é o segundo orçamento do Estado. Logo a questão não é dinheiro.
Pensei cá comigo um tema tão interessante desse devai ter a presença de toda Coari. Depois da reunião sai mais convicto disso. De fato toda cidade devia está lá. Infelizmente só estava eu e um representante do IDAM. Uma pena!
Para não me alongar, digo que o programa é bom. Vamos ver como pode ser implantado em Coari.
Volto com esse assunto!
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
sábado, 18 de agosto de 2007
Dom Joércio considera muito difícil a situação do prefeito Adail Pinheiro (PMDB), que responde a processo na Câmara Municipal por uso de notas fiscais frias, na Justiça Federal por desvio de R$ 45 milhões da Previdência Social, e na Justiça estadual por não cumprir ordem judicial. "Cada um tem que buscar se defender. Mas contra fato não há argumento. A Justiça tem que investigar", afirmou.
Para o bispo Joércio, que está na prelazia há um ano, "tudo o que está acontecendo demonstra que alguma coisa precisa ser feita e ser mudada." Segundo ele, o povo tem que fiscalizar os atos do poder público. "Não deve deixar o administrador fazer o que quer", aconselha.
Dom Joércio espera que os conflitos políticos sejam logo resolvidos para que autoridades locais se concentrem nos problemas do município. Um dos mais graves, segundo ele, é o aumento da prostituição infantil. "A questão da droga é uma coisa muito forte. Aqui é rota do tráfico do rio Solimões", relata.
Segundo Dom Joércio, Coari experimenta um certo desenvolvimento econômico. Porém, as comunidades ribeirinhas ainda padecem com a falta de atendimento médico. "Com a fonte de renda que tem, o município poderia equacionar esses problemas de forma a proporcionar ao povo uma vida melhor", diz o religioso. Para ele, o povo tem sua parcela de culpa porque elege os políticos e não fiscaliza a atuação deles.
Fonte: Jornal A Crítica
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
O município de Coari, situado no centro do Estado do Amazonas, um dos maiores do Estado em extenção territórial e dono de diversas riquezas. Nossos lagos eram povoados por centenas de espécies de peixes e contando que toda água era - é potável. Nossos rios estão imprestáveis de tanta poluíção.
Começamos despovoando nosso mundo das águas. Nesses últimos três séculos eliminamos comendo quase que noventa por cento dos nossos quelônios, principalmente as tartarugas. Em seguida foi o peixe boi.
O extermínio dos peixes continua e do jeito que vai, com o tempo entre 15 a 30 anos só os empresários de peixes é que terão peixe para vender. Se hoje o peixe já é caro no mercado de Coari, peixe vindo direto dos rios... pense lá quando eles só vierem dos viveiros.
Hoje a madeira é transportada em balsas e com o aval de nossos governantes, "documentada".
Atualmente Coari vive a era do petróleo e do gás. Aqui a história começa a mudar de dono. Antes as riquezas eram exploradas por particulares, pequenas ou médias iniciativas e o dinheiro estava na mão dos investidores, que faziam dele capital de lucro e de giro.
O município recebe o que lhe cabe, o que a Petrobras lhe passa a cada mês. Esse é um valor de um prêmio de mega loteria, isso a cada mês. Esse ano temos 168 milhões para gastar.
A grana que destrói coisas belas então dominou os olhos, a barriga, a fé, as religiões, as amizades, as famílias, os espermas etudo mais que lhe vem pela frente. Espantou a curupira, o mapimguarí, a cobra grande e até o boto ficou sem as namoradas. Visto que a grana compra o cabaço das nossas adolescentes. Pobre boto!
Matamos Ajuricaba, matamos o Ivo e os sonhos... o que nos resta é acreditar no sorriso das crianças, as únicas capazes de sorrir da vida e restaurar a Esperança!!!
De acordo com o sindicalista Elson Freitas, as escolas da rede municipal e estadual de ensino liberaram professores e alunos para engrossar a manifestação pró-Adail. As escolas estaduais Instituto Bereano de Coari e Francisco Lopes Braga, segundo ele, teriam agido dessa forma. "Levaram muitas pessoas para declarar apoio ao prefeito. Muitos dos garis estavam lá", disse o sindicalista.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
O documento seria lido na sessão de ontem. Mas os vereadores decidiram suspender a reunião plenária depois que o oficial de justiça Francisco Coelho foi ao prédio da Câmara, acompanhado por policiais, e ameaçou dar ordem de prisão a Osni Oliveira caso o relatório fosse colocado na ordem do dia.
Francisco Coelho dava cumprimento a decisão emitida, no início da noite de terça-feira, pela juíza Ana Paula, titular da 2ª Vara de Pequenas Causas do Fórum de Coari. A magistrada acatou pedido de liminar de Adail Pinheiro para suspender os trabalhos da comissão processante por decurso de prazo. A juíza entende que o último ato da comissão é a leitura do relatório.
Conforme relatos de Osni Oliveira, o oficial de justiça entrou no prédio com cerca de 15 policiais. "Isso é abuso de poder. Ele foi ao plenário e disse para todo mundo ouvir que se eu abrisse a sessão e falasse da comissão processante, a polícia iria me prender", reclama o vereador.
A Câmara já entrou com pedido de reconsideração da sentença. A juíza Ana Paula informou a A CRÍTICA que não tem prazo para julgar o caso. "Vai demorar porque está tendo divergência em relação ao prazo de funcionamento da comissão".
Adail Pinheiro alega que a comissão teria se estendido além dos 90 dias regimentais. Ana Paula disse que vai mobilizar força policial para fazer cumprir a sua decisão, se o presidente da Câmara insistir em ler o relatório.
Osni Oliveira diz que a juíza não tem competência legal para suspender a reunião da Câmara Municipal. "O relatório vai ser lido amanhã (hoje) às 9h, a não ser que eu seja preso", disse o presidente da Câmara. (Fonte: Jornal A Crítica)
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Terça feira de muito calor na terra do gás e do petróleo, nada melhor para espantar o calor que uma brisa da noite e o melhor local da cidade foi a Praça da Catedral. Além de sentir o vento era o lugar ideal para ficar sabendo das notícias da cidade. Sabe como é, cidade do interior sem ter muito assunto... E assim foi.
Centenas de pessoas se espalharam pela praça, uns sentados na grama, outros formando pequenos grupos pela XV de Novembro e todos esperando o resultado da eleição que elegeu o vereador Osni Oliveira como novo presidente da Câmara.
Acreditar em politiqueiro é como acreditar em contos de fada. O novo presidente se elegeu com os votos do grupo de oposição. Até ontem ele era do grupo da situação. Já haviam comentários pela cidade que isso iria acontecer; seria uma forma de tirar mais um do grupo da situação oferendo a ele a possibilidade de assumir como prefeito se o prefeito atual for derrubado pelas notas frias.
Particularmente não acredito que isso vá acontecer, visto que temos um orçamento multi-milionário a disposição para comprar quem se meter pela frente.
O certo é que a cadeira de prefeito de Coari está cada vez mais cobiçada, uma verdadeira galinha dos ovos de ouro e a ambição humana parece que não conhece limites.
O jogo até agora deu certo, vamos ver como as pedras serão mexidas no tabuleiro!
China — Grande Muralha da China (Great Wall of China)
Índia — Taj Mahal (Taj Mahal)*
Itália — Coliseu (The Colosseum), Roma
Jordânia — Petra (Petra)*
México — Pirâmides de Chichén Itzá (Chichen Itza), Yucatan
Peru — Machu Picchu (Machu Picchu)*
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Um defeito de cor
A internet que anda a passos de jabuti, a trabalheira, mais uma pitada de preguiça e relaxamento, me fizeram postar pouco esses dias.
Me esforçei para deixar de colocar a leitura em dias. Tirei da prateleira o livro de Ana Maria Gonçalves que comprei num sebo na minha viagem a Sampa. Gostaria de agradecer ao meu guia Agnaldo, sem ele seria mais difícil de achar o livro na terra da garoa.
O romance ganhou um dos mais prestigiosos e antigos prêmios literários da América Latina, o Casa de las Américas. Um defeito de cor foi premiado na categoria. Um livro extraordinário, inventivo, indispensável. São umas 1.000 páginas, uns 400 e tantos personagens, 80 anos de história do Brasil-África-Atlântico-negro e uma voz alinhavando tudo: Kehinde, possivelmente Luiza Mahin, talvez a mãe do poeta negro Luiz Gama.
Kehinde nasceu no reino do Daomé, em 1810 e a cena antiga, primordial da qual se lembra é traumática. Abre o livro. Revelar, numa resenha, o que acontece nas primeiras 10 páginas deste livro seria um pecado comparável a revelar o final do melhor thriller. Ela foi violada, foi escrava, foi mãe; foi também preta liberta, pequena capitalista, refugiada, mulher de inglês, dona de padaria, revoltosa com os muçurumins da Bahia de 1835, libertadora de outros pretos, brasileira de volta na África. Mais sobre o Romance... é só comprar aqui!
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Uma das dificuldades de nossa educação ser melhor é a imensa pobreza que vive o povo desse município tão rico. São vários os projetos do governo federal executados na cidade na tentativa de ajudar a superar a pobreza, acabam mascarando o dinheiro que vem do gás e do petróleo.
Devido essa difícil situação da falta de quase tudo em muitos lares coarienses, muitas crianças que estudam são obrigadas a trabalharem para ajudar no orçamento doméstico na compra das coisas básicas para a família.
Em diversas famílias o dinheiro que entra através do trabalho das crianças é a única renda para o sustento da casa, até porque muitos desses pais são desempregados, outros não ganham o suficiente para sustentar a família.
Essas crianças deviam está na escola ou brincando.