sexta-feira, 30 de abril de 2010

Se tenho, existo!

Tenho me divertido lendo os comentários dos últimos posts. Quando eu questiono a atual administração, os leitores que são eleitores, fãs, seguidores, devotos do ex-prefeito me chamam de santo e incentivam com os comentários a escrever colocando mais fogo nos textos; agora quando questiono a administração do ex-prefeito, eles me mandam para o inferno.

Assim lou levando, numa hora santo, noutra satanás; conforme os interesses de alguns que por aqui passam. É pra rir ou não é?

Dizia no último post sobre o crescimento que devemos fazer e em muito será vencer a nós mesmo, coisa que não vejo muito interesse de nossa parte, muito pelo contrário, cada vez mais se vai em busca do nosso egoísmo e a qualquer preço, sem nada a respeitar.

Na sociedade capitalista de consumo desenfreado o que conta é ter, não importando muito os caminhos do ter, se corrompendo, roubando, traficando, tudo vale, o que não vale é ser pobre materialmente.

Fazendo esse caminho, podemos até construirmos riquezas materiais, muitas; mas, o caminho está no mostrando que estamos ficando cada vez mais pobres humanamente e espiritualmente. Pois nos destruímos para sermos o que queremos ser pela via do ter.

Sei que estamos longe de outra perspectiva; mais enquanto não mudarmos esse paradigma, caminharemos para nossa própria morte humana e espiritual. Vencidos pelos bens material, pela nossa vaidade, pelo nosso bem estar, pelo nosso conforto!

Até quando esse fenômeno da dominação materialista vai durar? Não sei, não tenho resposta. Sei que no decorrer da história da nossa existência o ser humano tem conseguido encontrar respostas para as várias crises que foram aparecendo pelo caminho e essa é mais uma.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mudanças

A mudança é parte integrante da vida do ser humano. Sem elas não crescemos, não se dar o passo necessário para sermos mais.

Geralmente quando alcançamos uma certa qualidade de vida, nos acomodamos; entramos na zona de conforto. Podemos estar na melhor vida possível, mais é a pior decisão que fazemos, ficar na nossa, porque já conseguimos nossos sonhos de consumo.

O mesmo acontece com os grupos, a vida coletiva; um povo não deve se contentar com as conquistas, é preciso avançar, tanto nas estruturas básicas para melhorar a qualidade de vida, como nas estruturas geradoras de renda, educação e outras que visem o crescimento de todos.

Mais é preciso não esquecer que toda mudança, seja ela no plano individual, como no coletivo, exige muito. Sempre é um processo doloroso, o quanto cada um ou um povo vai sentir a dor, depende do grau de maturidade dos envolvidos na mudança.

A maturidade que me refiro é social, educacional, cultural, política e econômica. E Coari ainda está longe de alcançar sua maturidade nessas áreas.

A mudança de liderança do comando de um grupo é sempre saudável, tanto para o grupo, como também para as lideranças. Com gente nova é possível avaliar os que estavam e fazer o diferente.

O pior de tudo é quando um grupo quer se perpetuar no poder. Se acomoda. Não há mais crescimento.

A mudança é mais traumática quando quem deveria mudar, nunca quer mudar e muda mesmo sem querer. Sente o choque e vai fazer de tudo para voltar ao poder.

A alternância de poder é necessária para o crescimento humano. Mesmo quando não queremos. Se não fazermos, estacionamos.

A terra do gás e do petróleo passa por uma alternância de poder. Pode ser um momento de crescimento para todos. É normal que o grupo que saiu espernei, foram muitos os previlégios perdidos e também que o atual grupo que está no poder encontre seus caminhos e isso leva tempo.

O poder e o dinheiro são coisas fastásticas, nos seduzem. É preciso saber mexer com eles; mexem com nossa vaidade e esta é brinquedo do diabo, armadilha fácil de cairmos. Qualquer um.

Na democracia temos a oportunidade de alternar de poder sempre, se um grupo entra e não dar certo, podemos trocá-lo. Perfeito não haverá; mais haverá a possibilidade de encontrar grupos mais comprometido com o povo que consigo mesmo.

O caminho se faz caminhando e temos um caminho democrático para fazer. Só depende de nós. O poder emana do povo, está em nossas mãos!
Mais uma vez ficamos de fora!

27 de abril de 2010

Fonte: Portal Amazônia, com informações da Seduc



Foto: Arquivo/Portal Amazônia

MANAUS - O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadania premiará nesta quarta-feira (28), as instituições de ensino do Amazonas vencedoras do Prêmio “Construindo a Nação”. O prêmio tem o objetivo de estimular as escolas públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e adultos (EJA) a desenvolverem, em conjunto com seus alunos, projetos de incentivo à cidadania.



Na premiação deste ano, 15 escolas estaduais do Amazonas, dos municípios de Manaus, Parintins, Careiro Castanho e Barreirinha concorrem ao prêmio em todas as categorias. Este é o terceiro ano consecutivo que as escolas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) participam da premiação.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nossas paixões

Alguns estrangeiros especialistas em Brasil, costumam afirmar que por aqui é impossível abrir um espaço de discussão sobre política, religião e futebol. Todo e qualquer argumento lógico nessas questões descamba no campo do lado emotivo do brasileiro, não tem jeito, o melhor é dar por encerrada a conversa.

As discussões a respeito dos prefeitos aqui no blog está indo nessa direção. Mesmo tratando de temática como administração e logísticas, área lógicas, matemáticas, o argumento se escorrega e o que define o que se fala ou escreve é a paixão.

Não adiante insistir, nossos candidatos também jogam com esse lado, ganham a pessoa pela emoção, e pronto. Podem ser os maiores corruptos, mais não se está nem aí; é dele que eu gosto, e pronto, arremata o eleitor!

Não vejo luz no fim do túnel que possa significar uma mudança, onde com o olhar crítico para a realidade possamos compreender que as coisas não andam como deviam andar. Se a mudança acontecer, levará muito tempo.

Claro, que além da pouca razão usada para definir nossos argumentos contra ou a favor de determinado candidato, o interesse pessoal fala muito alto e muito pouco os interesses coletivos; talvez isso seja o pior.

O caminho se faz caminhando, vamos caminhando, quem sabe um dia chegaremos lá!
Nova enquete

Até agora 190 votos. O resultado está abaixo:

Quem é melhor prefeito?

Arnaldo Mitouso
6,32% (12 votos)
Adail Pinheiro
93,68% (178 votos)
Total: 190 votos


A pedidos teremos uma nova enquete, onde entrará uma nova opção: Nenhum dos dois são bons prefeitos. Torno a dizer que Arnaldo como está só no começo de seu mandato ainda tem tempo para mostrar trabalho e competência. Já Adail só se voltar de novo!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Nenhum

A enquete segue até amanhã, o ex-prefeito segue na frente com a maioria dos votos, acima de 90%, como melhor prefeito. Num comentário postado alguém falou que nenhum dos dois é o melhor prefeito para Coari, estou de acordo.

Alguém pode dizer que o ex-prefeito está com mais de 90% dos votos e não é o melhor prefeito, o que é isso? Primeiro: os votos aqui são poucos, segundo é preciso saber quem está votando!

Alguns elementos porque estou de acordo que Adail Pinheiro não é o melhor prefeito:

1. durante seus oito anos de governo entrou nos cofres de Coari mais de um bilhão de reais;

2. foi o prefeito que mais roubou Coari durante toda sua história - a Operação Vorax da Polícia Federal mostrou isso;

3. foi o prefeito que mais sujou o nome de Coari na imprensa regional e nacional;

4. com todo esse dinheirão não conseguiu resolver a questão dos serviços básicos para o bem da saúde física e do boldo do coariense: água, esgoto e energia. Esses três serviços ainda continuam com a estrutura começada pelo Capitão Montoril e levada para frente pelo Clemente Vieira;

5. a educação de Coari no seu governo (e ainda é) uma das piores do Estado do Amazonas, o melhor que conseguiu foi o 34 lugar na colocação estadual. Parintins com um terço do orçamento que tinha Coari, era e é o primeiro lugar no Amazonas;

6. deu retrocesso na cultura coariense, como maior exemplo foi a biblioteca municipal que transformou em garagem para seus carros; matou o carnaval coariense, símbolo de criativadade; tinha tudo para fazer de Coari de fato um cidade universitária;

7. enterrou o campeonato coariense de futebol de campo, fez um estádio para mortos, transformando o carecão numa parte do cemitério;

8. quebrou o setor primário do município, fazendo o povo coariense mendigo dos projetos sociais; hoje importamos de Manaus até banana, quando já fomos o maior produtor de bananas do Brasil;

9. não consegui alavancar economicamente o município, jogou as entradas econômicas em projetos de distribuição de rendas e não em porojetos de geração de rendas.

Se alguém tem mais...

10...

11...

Já Arnaldo está engatinhando em sua administração, se trabalhar ainda tem tempo de fazer uma boa administração e até chegar ser o melhor prefeito de Coari.

Algumas dicas:

1. urgentemente pagar os funcionários do município na data certa;

2. mexer no seu grupo de primeiro e segundo escalão - tirar os secretários/ministros ladrões e incompetentes;

3. fazer um governo diferente - popular, com orçamento participativo e prestação de contas públicas. Caso contrário será o velho modo de governar;

4. investir na estrutura básica par ao desenvolvimento: água, esgoto e energia;

5. sair do assistencialismo, só dar e dar, e investir em projetos de geração de rendas;

6. alavancar a educação e a cultura;

7. aprender com os erros dos administradores passados;

8. descer do salto e ser mais humilde.

Alguém tem mais?

9...

10...

Para anilisar com sinceridade os prefeitos que mais fizeram bem ao nosso município, os que melhor ser destaram foram: Capitão Montoril, Clemente Vieira e Roberval Rodrigues (no seu primeiro mandato).

Porém para ser melhor é preciso que nós também façamos a nossa parte: votar, acompanhar, cobrar e denunciar!

domingo, 25 de abril de 2010

A Mosca Azul

Já faz algum tempo que queria escrever um post sobre a Mosca Azul e o atual grupo que está no poder da terra do gás e do petróleo. A motivação vem da re-leittura do livro de Frei Betto, que leva o nome do post.

O livro é uma partilhas de observações e reflexões do Frei Betto do tempo que ocupou as funções de Assessor Especial do Presidente da República e coordenador da Mobilização social do programa Fome Zero, dos anos de 2003 e 2004. Uma obra de impacto e de grande vendagem.

E o que o livro tem a vê com o atual grupo que está no poder da terra do gás e do petróleo?

Vejamos:

No livro ele mostra de como o grupo do pt e seus caciques foram picados pela Mosca Azul!

"A picada da mosca azul inocula nas pessoas doses concentradas de ambição do poder. As pessoas, então, são mais receptoras ao veneno da mosca quando vivem situações nas quais dispõem, de fato, de possibilidades mais concretas de exercer u poder maior. Isto é, quando as condições objetivas são favoráveis aos impulsos que estão sendo estimulados no plano subjetivo." (Leandro Kinder)

A mesma coisa aconteceu em Coari, o grupo que está no poder foi picado pela Mosca Azul e para nosso espanto, logo no primeiro mês!

A picada da mosca mostrou que tudo mudou, os saltos cresceram, o guarda roupa foi renovado, os carrões com motoristas estão na porta, do barco passou-se para o avião; alguns já nem falam com quem falavam e o aconchego frio da cabine não deixa vê do lado de fora bloqueado pelo fumê no vidro a cruel realidade da vida do povo coariense!

O poder e todos os seus caprichos que ele traz, mexe com nossa vaidade e a sua picada, a da mosca azul é violenta, dar mais prazer que um orgasmo, pois é isso que faz o poder quando não se sabe mexer com ele.

Ele mexe conosco e nos mostra quem somos. Quer saber quem é uma pessoa, dê poder à ela!

Assim está o grupo que administra atualmente Coari, picado pela mosca azul, está se mostrando quem é. Se não fazer diferente, não mostrar que é diferente, vai nos dizer que a picada da Mosca Azul foi Vorax.

sábado, 24 de abril de 2010

Seis meses

Nessa semana que estamos terminando, o atual grupo que está no governo completou seis meses na chefia do palácio 02 de agosto na terra do gás e do petróleo. Deveria ser uma semana de avaliação, de ouvir o povo, se as pessoas estão ou não satisfeitas com o modo de adminstrar. Não aconteceu e pelo andar da carrugaem nem vai acontecer, nem agora, nem nunca.

Avaliar é importante para sabermos onde estamos e para onde estamos indo. Se desse essa possa nessa direção, seria o primeiro em direção a um governo popular, com uma administração onde as pessoas pudessem participar. Era o que se esperava. Fazer a diferença.

O modo de governar do atual governo não difere do velho modo de fazer "político" dos políticos que critivam. Acreditava-se no novo e o que veio foi o velho!

O blog tomou a iniciativa e fez a enquete abaixo:

Vocês está satisfeito com a atual situação de Coari?

Sim
5,23% (17 votos)
Não
94,77% (308 votos)
Total: 325 votos

Poucas são as pessoas que acessam a internet, melhor seria fazer uma pesquisa casa a casa e aí sim teríamos uma radiografia da satisfação dos coarienses com o governo Arnaldo.

Aqui no blog a insatisfação ficou acima de 90%, muito alta para um grupo que levantou a bandeira que tudo seria de forma participativa, ética e transparente. De tão transparente tudo sumiu!

E quanto saber se o atual grupo é melhor do que o que ele mandava bala, criticando de tudo quanto é modo e forma. Quem é melhor prefeito? Arnaldo Mitouso ou Adail Pinheiro?


Vote e escolha

Quem é melhor prefeito?

Arnaldo Mitouso

Adail Pinheiro












sexta-feira, 23 de abril de 2010

Francisco Praciano


O deputado federal do pt passou o dia de ontem em Coari. Com agenda cheia se esforçou para ser presença em vário ambientes, principalmente entre os estudantes.

Seu primeiro compromisso, assim que aterrizou vindo de Tefé foi uma visita ao prefeito. O que tratou com o chefe do executivo ficou entre eles, entre quatro paredes.

Assim como outros que aqui vieram e virão, o deputado Praciano está em campanha. É um dos poucos políticos do país que merece crédito, tem uma história que deve dar orgulho ao Amazonas. Nem todos os políticos são iguais, farinho do mesmo saco.

A terra do gás e do petróleo tem um enorme débito com o deputado Praciano, foi ele que junto com o saudoso senador Jeferson Peres encaminhou ao munistério público federal o pedido de investigação no município de Coari que desencadeou a Operação Vorax da Polícia Federal, que mostrou a monstra robalheira no município pelo grupo do ex-prefeito Adail Pinheiro. Viva Praciano!

Na Ufam, apesar do pouco tempo e de pouca gente no auditório, fez uma excelente palestra, bate-papo, segundo ele; e dizia que somente a busca pelas consquistas pessoais não resolve ou dar resultado para as próprias buscas pessoais, se faz necessário buscar o coletivo para a realização pessoal. A mudança do coletivo que traz a mudança pessoal e não o contrário.

Depois expos uma leitura de um livro de um autor fracês, pesquisador das riquezas dos países, que demosntra o resultado de uma pesquisa feita nos países "empobrecidos" ( o empobrecido é meu, o livro coloca a palavra pobre), mostrando que são quatro as causas da pobreza nesses países:
1. os políticos que não prestam;
2. as instituições que deviam fiscalizar os políticos e não fiscalizam;
3. as empresas, quase todas da construção civil que distribuem dinheiro para os políticos e para as instituições fiscalizadoras;
4. a sociedade - sendo que esta seria a única que pode mudar a situação.

Nossos políticos são espelhos do que somos!
O dia da terra na terra do gás e do petróleo


Que o mundo saiba, Coari é o município do planeta, que mais faz pela terra. Todos os dias do anos, as lâmpadas e outras engenhocas movidas a energia elétricas de boa parte da casa dos corienses são deseligados. E as vezes de toda cidade.

Estamos ou não estamos fazendo a nossa parte do cuidado da terra? A hora da terra aqui é feita todos os dias e por vários minutos ou até horas. Todos fazem a sua parte, mesmo sem querer.

Mais ontem, dia da terra, a coisa foi diferente, a secretaria de meio ambiente e cultura promoveu uma caminhada saindo da sede da secretaria e indo até a praça da catedral. Fazendo um evento estilo a administração passada, colocando as escolas para participarem e de passagem é bom lembrar, muitos foram para suas casas, tanto alunos, como professores.

Esse tipo de atitude era criticado voraxmente pelos que ideologicamente compõe o grupo que está no poder atualmente. Criticavam e buscam fazer igual, até agora não conseguiram. E não conseguiram porque fazem as coisas de modo amador, são amadores.

O secretário de meio ambiente e turismo, que a única "viagem de turismo" feita até hoje, foi ir até o Jussara matar patos e tirar ovos de tartatura; estava presente e na sua fala, mostrou que estava mais voando que o homem voador; que por sinal foi o único que de fato fez algo novo, deu seu show criativo e roubou a cena, fez a diferença e não deixou tudo ser igual ao passado!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

E o nosso legislativo? morreu?

A vida segue caminhando no limite na terra do gás e do petróloe, beiramos o falimento administrativo; e a pobreza e a fome se assolando. Diante da cruel e triste realidade perguntamos onde está o nosso legislativo?

Onde estão os nossos vereadores? Afinal de contas se elegeram para fazer nada?

Junto com o executivo, também está o legislativo. Todos metidos numa bola de neve descendo ladeira, sem nada fazer.

Parecem que tomaram o mesmo chá do executivo, estão meio sem rumo. Até as reuniões ordinárias estão fazendo muito pouco ou quase nada. Todo trabalhador que não trabalha, não é digno do seu salário. Nossos vereadores são bem pagos e contam com uma super verba de gabinete; não estão mostrando que merecem o que ganham.

Há muita coisa por baixo do pano que não sabemos. As vezes deixam escapar algumas coisas e elas correm veloz, vorax e deixam rastros. Uma delas é que nossos vereadores não estão conseguindo arrancar o dinheiro que querem do atual grupo que administra a cidade. As coisas vão sendo empurradas com a barriga por debaixo da mesa e no passar a régua nas contas a maior parte da corda do cabo de força está ficando no executivo.

A outra coisa/realidade vivida pelos vereadores na via crucis por dinheiro é que o executivo conta com o grupo de secretários/ministros, sabem de tudo desse cabo de força. Agora são eles que mandam, mandam até no prefeito com seu vice, vereador, peixe pequeno nesse lago.

Os secretários/ministros instituiram o AI-5 coariense e escantearam os nossos pobres vereadores.

Sem fazer nada, sem dinheiro e sem "poder" que lhes foi negado pelos secretários/ministros, o que podem fazer nossos vereadores? Estão num mato sem cachorro!

Os vereadores, assim como o executivo, precisam resgatar seus valores, precisam trabalhar, chega de incompetentes no nosso município. Já que na incompetência também não conseguem fazer nada, poderiam muito bem juntar a incompetência deles com a do executivo, talvez duas incompetências juntas, pudessem somar uma competência.

Tudo somado pelo poder que representam poderiam gerar ações e fazer coisas boas para o município. Sugiro duas:
1. Cassar o prefeito por incompetência. Não se cassa por corrupção? Quando um funcionário não tem condições de realizar o que deve ser feito, o que acontece? Cassando o prefeito iam fazer um bem enorme para o município. Talvez a única coisa boa que iriam fazer nos quatro anos de mandato;
2. Que após a cassação do prefeito, renunciassem. Não estão fazendo nada, que renunciem. Renunciando iam fazer um bem enorme para o município.

Vivemos um momento delicado, complexo, o melhor que fariam, executivo e legislativo era se juntarem e juntos fizessem uma jura de amor, um ato de amor por Coari: trabalhar, trabalhar e trabalhar.

Só num ato de amor, com uma jura de amor por Coari talvez pudessémos ter uma Coari melhor para todos. Será que é possível?
Dia da terra

Celebramos hoje o dia da terra, que deveria ser todo dia o seu dia, afinal de contas, a vida de todos nós depende dela. O estado cruel do nosso planeta é o mesmo da terra do gás e do petróleo, ambos se arrastam para viver e tanto um como o outro sofre as ações vorax, egoístas de nós seres humanos, seus habitantes.

O dia de hoje quer ser um despertar para todos, um aviso, quer questionar sobre nosso modo de viver; pois nosso modo de viver uma vida consumista, está consumindo, destruindo a terra. A mesma coisa acontece em Coari, o modo que foi e está sendo conduzida, só tem deixado um rastro de fome e miséria, de destruição.

Nós, os coarienses somos um espelho de como estão vivendo os seres humanos em todo o planeta, de forma destruidora. Um espelho que reproduz o que o ser humano tem de pior, seu lado egoísta, de não pensar no outro, no município, no planeta.

A terra em destruição, no seu dia vem nos dizer ou mudamos o nosso modo de viver ou padecemos todos. No momento são os mais pobres, que como sempre, estão sofrendo mais que ous outros. Com o avanço da destruição aumentará o sofrimento e para todos, visto que a terra é uma nave mãe comum.

Vivendo baseados no "ter" e no "poder" destruiremos nosso maior patrimônio comum, a terra, e Coari é a cara dessa destruição!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Inquietações

As discurssões levantadas por esse blog por ocasião dos seis meses do atual governo no comando da terra do gás e do petróleo, levantou poeira em torno da capacidade adminstrativa do prefeito e de seu grupo. A intenção foi justamente essa de cobrar o que foi prometido na campanha e fazer partindo dessa ferramenta da internet um espaço di discurssão.

Seis meses é um tempo considerado, que já deveriam ter tomado nas mãos a rédea do poder e ter sobre ele o total controle. Tempo em que já não se aceita que as desculpas pela falta dissou ou daquilo está nos governantes que passaram. Tempo de assumir com responsabilidades os acertos e também os erros.

A reflexão foi para incomodar e expressei uma inquietação minha e também de tanta gente. São muitos que acreditavam nesse governo e se sentem decepcionados. Os que estão na mamadeira, ganhando bons salários e em dias, os puxas do grupo que governa, não aceitam que critique, que se expresse, mais afinal de contas não estamos numa democracia? Ou será que trocamos uma ditadura por outra?

Das inquietações que apareceram nos comentários, gostaria de comentar três:
1. Que tanto o blogueiro, como o povo ficam de braços cruzados. Quem conhece Coari, sabe que levantar contra um governo é complexo, quase ninguém participa, há medos de retaliações, perda emprego e perseguição. E esse atual grupo que está no poder já mostrou que é tão perseguidor quanto o que saiu. Corre-se o risco de ficar só;

2. O Brasil é um país constitucionalmente laico;

3. Se tivermos o presidente Lula como exemplo de educação escolar, temos que fechar o ministério da educação.

Claro que não podemos ficar de braços cruzados e esperar as próximas eleições. É cobrar e cobrar; cada um do seu modo. Precisamos ajudar esse governo a trabalhar, a fazer valer suas promessas de campanha e a dar a conta de um grupo de incompetentes e de ladrões que se acercou dele!

Também dizer que estamos ficando cansados de esperar, esperar e nada. O tempo passa e as contas, a fome, a miséria não esperam; se sente , se vive, sofre-se.

E que chega, já não se suporta mais, ficar olhando para o passado para se justificar o que não se faz. Até quando vão dizer que a culpa de tudo é da administração passada?

A inquietação de todos aqueles que acreditaram numa mudança e que de fato, querem uma mudança. E mudança nenhuma acontece com incompetência e pelo não cumprimento de um plano de governo tão bom.

E que mudança que se espera? O cumprimento das promessas. Em primeiro lugar um governo participativo, depois um governo transparente e terceiro, trabalho e criatividade; claro que tudo isso não pode deixar de lado educação para todos e de qualidade, emprego e geração de rendas.

Um governo novo com mudanças é aquele que supera o modo velho de governar, sem prestar contas a ninguém, sem puxa-saquismo, sem incompetência, sem ladroagem, entre outras ações que valorizem a façam o município avançar.

Até agora tenho muitas dúvidas se esse governo vai corresponder as espectativas e as inquietações vem do seu grupo de primeira linha, que escolheu para ser secretários/ministros e a eles ouvir. São pessoas que já mostraram que seus únicos interesses são os seus próprios. Não estão nem aí para os outros e nem para o município. Pobre Coari com essa gente. São Vorax!

terça-feira, 20 de abril de 2010

O nosso Café!


Inaugurou hoje em Coari, o Café Solimões, mais um empreendimento de Magalhães e Eliete. A ousadia do casal de se lançarem num projeto econômico num momento difícil da história da terra do gás e do petróleo, demonstra o grande amor por Coari.

Fiquei impressionado quando me falaram que iriam inaugurar hoje um novo negócio e um negócio de café. Uma loucura pensei. Mais a vida tem nos mostrado que só os loucos amam, só eles conseguem fazer o novo, quando todos insistem em ficar no velho.

O investimento preza pela qualidade desde os grãos de boa safra, até a logística de distribuição e venda, que colocará o produto na prateleira para ser comercializado no comércio.

A inauguração foi um momento mágico, significativo e simbólico que teve presença de representantes de vários seguimentos da sociedade coariense. Marcaram presença representantes do executivo, o presidente da Câmara e alguns vereadores, empresários, comerciantes e os gerentes dos três bancos que atuam no mercado coariense e o diretor da Ufam - Campus Coari.

O número não foi o forte da inauguração, mais a qualidade da representatividade dos participantes. Destaco aqui o presidente da câmara e vereadores, e os gerentes dos bancos e o diretor da Ufam - Campus Coari. Essa representatividade demonstra a importância do empreendimento e força desse casal que vindo de fora já faz parte da família coariense e tanto tem conquistado a nossa amizade.

Coari precisa desse tipo de investimento que mostre outros caminhos além do dinheiro do município para construir uma economia geradora de renda e emprego. Se faz necessário que os poderes executivo e legislativo encaminhe projetos comunitário principalmente na área rural que gere capital, agora, por exemplo plantando café. Os compradores estão esperando!

Parabéns pelo casal Magalhães e Eliete por mais um empreendimento gerador de rendas e empregos e por acreditarem que com a força de trabalho podemos sim, sonhar com uma outra Coari!
Decepção é o que é esse governo!

São muitas as pessoas que estão decepcionadas com a atual administração da terra do gás e do prefeito e não estou falando dos que são oposição. Esses insatisfeitos e decepcionados que cito são pessoas que acreditaram que a mudança viria votando no 33. Pura ilusão.

Eles investiram tempo, qualidades e até bens materiais na campanha que sugestionava uma mudança. Tudo fizeram sem o estigma do puxa-saquismo, sonhavam/sonham com um mundo melhor, onde o ser humano não anda somente movido pela força da grana, mais é motivado por valores humanos.

O certo é que já pensam que nesse grupo que um dia acreditaram, não irão encontrar esses valores!

E foram muitas as pessoas que sonhavam assim. A decepção com o orçamento partipativo e com um governo transparente é o que mais machuca. Agora falam por uma boca só que estavam errados e o pior é viver num mundo que não funciona; o governo além de não corresponder aos valores sai-se de incompetente. Alguns já começam a pensar: o governo passado era corrupto e o atual além de corrupto, é incompetente. E mais ainda que o governo do passado era competente!

Não queremos nenhum dos dois tipos de governo, não foi para isso que votamos para mudar. Mais entre o corrupto e incompetente e o competente; vai-se preferir o corrupto competente.

Depois de seis meses as pessoas sérias já perceberam que grupo que está no poder se cercou de incompetentes, ladrões, puxas-saco e familiares; resultado, travou o município e o que está ficando é a miséria e a fome.

A insatisfação é geral, volto a dizer que não estou falando em gente da oposição e nem dos puxas-saco, falo de gente séria que acreditava na mudança.

A enquete mudou de posição no blog para ficar mais permanente, alguns dias, vote você também. E por falar em enquetes, em pesquisas; se esse governo fosse sério uma das coisas que devia fazer depois de seis meses no poder, era querer saber como é que anda a satisfação do povo com seu modo de administrar.

Com certeza ia sentir o tamanho de sua incompetência, ia saber que 98% do povo está insatisfeito, principalmente seus eleitores. Coloco aqui 98% porque 2% são os votos dos puxas-saco, por estarem mamando na mamadeira, não vão querer largar essa mamata que um dia já foi daqueles que eles tanto criticavam.

Essa turma de puxas-saco do Arnaldo, que não são diferentes dos puxas-saco do Adail, puxa-saco é tudo igual; mais os do Arnaldo são mais ruins que os do Adail, são amadores ao ponto de serem incompetentes. No governo de Adail tiveram que buscar cafetões de fora, no governo do Arnaldo vão ter que ir buscar puxas-saco!

Quero estar vivo para vê até onde vai essa decepção.
Um comentário que vale um post

Anônimo disse...

Padre, eu bem que poderia dizer "acho bem feito" ou "não quiseram mudança, aí está!", mais eu não consigo pensar assim, eu não quero e não posso pensar desta forma cruel e desumana, pois moro em Coari, minha terra amanda, onde vivi tantas coisas, onde lembro de minha infância correndo em baixo de chuva no gramado da igreja.... Hoje vejo minha cidade e fico me perguntando: porque isso? Porque não tentam ser mais humanos? Porque não deixam de pensar mais em sim e pensar um pouco no próximo? São muitos os questionamentos que não consigo encontrar respostas.


Padre, sempre soube que seria assim, eu sempre soube que não haeria mudança se o Arnaldo ganhasse a eleição, e eu briguei muito pra que isso não acontecesse, eu discuti muito tentando enfiar na cabeça de algumas pessoas o meu ponto de vista, pois eu sabia o que tava falando, conheço a família do Arnaldo, vi várias vezes discussões dele com seus filhos, onde os mesmos o agradiam de uma forma que não se faz nem com a pessoa mais distante, imagine pra um pai, ele não conseguia dominar seus filhos, todos usuários de drogas, a mulher era espancada constantemente quando ele bebia, várias vezes EU cheguei a ligar para a irmã dela (1ª dama) para que fosse defender a irmã, até que chegou uma hora que eu vi que não tinha jeito, pois ela aceitava sempre e eu era quem me desgastava, deixei pra lá.... Quando ele se candidatou e vi que iria ganhar as eleições, tentei de tudo, fui na casa de amigos, fui visitar ex-visinhos, fui pedir ajuda pra muita gente conhecida, pra que não votassem neste homem porque eu sabia que iria ser assim (não é demagogia padre).


O que fazer hoje? Esperar, só esperar, é o que nos resta?


O pior de tudo isso é que várias vezes, eu já chamei algumas pessoas pra começarmos a fazer algum tipo de manifestação e as pessoas se dizem amedrontadas e ficam em seus cantinhos esperando o tempo passar, é o que conseguem, fazer o que?


Padre, já escrevi email para o desembargador Chalub, já escrevi para o gabinete da presidência da república, já escrevi email para o ministro Lewandovisk no TSE pra ver se devolve ao menos o Rodrigo pra Coari, pois também não queria, mais acho que ainda é uma melhor opção do que esse que hoje aí está, escrevi email para o jornal Acrítica pra ver se fazer uma reportagem sobre o que acontece hoje em Coari, já escrevi, escrevi, escrevi.... Mais nunca obtenho resposta de nada. Estou perdendo minhas forças padre, sou ameaçada, os "filhos do cão" já mandaram seus capangas atrás de mim, mais não me acorvado, pois estou brigando pelo que acho correto, sei que não conseguirei sozinha, mais estou tentando.

Queria sua ajuda padre, me ajude a fazer uma grande manifestação contra esses desmandos que estão acontecendo em Coari, por favor padre, nos ajude, eu não dependo da prefeitura pra nada, mais muitas pessoas da minha família depende e não aguento mais vê-los sofrer tanto.

Coari, 19 de abril de 2010 15:05 - Dia do Índio

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Enquete

Vivemos um momento delicado da história da terra do gás e do petróleo, nunca fomos tão ricos e ao mesmo tempo nunca se viu tanta pobreza. Uma contradição!

Diga também você se está satisfeito ou não com essa situação votando na enquete abaixo!

Vocês está satisfeito com a atual situação de Coari?

Sim

Não












Dia do Índio


ÍNDIOS - Legião Urbana
Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha
Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante,
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
É só maldade então, deixar um Deus tão triste
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda, assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes
Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui

Agradeço a quem enviou
Seis meses de mentiras



Seis meses atrás o atual grupo que está no poder na terra do gás e do petróleo se apossou do Palácio 02 de Agosto e com a chave do cofre em mãos, sentou no trono. Até agora, seis meses passado não disseram porque e para quê estão lá.

Durante esse tempo a situação que já era ruim na chegada deles no poder, agora está pior ainda. O município vive um tempo de penúria e fome, de miséria; nem parece a terra mais rica do interior do Estado do Amazonas.

Quando não estavam no poder atiravam pedra no grupo que lá estava, principalmente dizendo dos milhões que o município tinha em caixa e que eram roubados. Hoje sentados no trono do palácio não dizem nada sobre um centavo. Orçamento participativo e prestação de contas pública, que seria a forma para uma administração transparente, bandeira levantada pelo grupo no período da campnha eleitoral, nunca aconteceu e nem vai acontecer. Tudo só mentiras!

E assim a tão sonhada mudança para um governo ético, justo pode ser dada como morta. Se em meis mese nada foi feito para dizer que seria um novo tipo de administração, não se pode esperar mais nada. Só mais decepções, diante de tantas que já sofremos!

Quem tinha um sonho de um governo democrático, pode acordar pois o pesadelo continua, visto que administram sem nenhuma perpectiva de quererem de fato o que prometeram. Era tudo mentira, só agora estamos descobrindo.
Um comentário que vale um post

Anônimo disse...

Sou professora e levantei minha bandeira a favor de um dita democracia, falei para meus alunos e alunos que teríamos uma chance de ouro e talvez a única.

Hoje vendo a situação atual, sinto-me envergonhada, já pedi desculpas a todos eles e vou pedir sua permissão padre para trabalhar esse texto com os meus alunos.

Sinto-me extremamente triste de ver a cidade de Coari desta maneira, mas o que me entristece mais é ver e saber que meus colegas que hoje ocupam cargo no primeiro escalão do governo, que sempre falaram de corrupção, dizendo aos alunos que era uma vergonha, falta de ética, que não era certo, fazem o que há de pior em administração pública, tratam muito mal as pessoas, pais de alunos que um dia eles conquistaram para ganhar votos.

De que adianta, carros, estatus, dinheiro, posição social, se nenhum aluno vai olhar para eles e falar: eles tinham razão, eles foram mestres de verdade, perderam tudo: o respeito, a ética, a oportunidade de dizer e mostrar que suas palavras poderiam se transformar em ações revolucionárias para um bem coletivo e não em discurso vazio em prol unicamente particular.

Sinto muito, pela corrupão exacerbada, sinto muito pela fome sem resposta, sinto muito, porque também fui enganada. Mas vou continuar lutando e mostrando através da minha profissão que a Democracia não é só uma palavra bonita, ela pode também ser recheiada de ações transformadoras, continuaremos lutando...O homem não pode viver sendo enganado a vida inteira!

Coari, 18 de abril de 2010 08:59

sábado, 17 de abril de 2010

Seis meses



E nada?

Para muita gente a espectativa de mudança era grande, por isso a decepção é maior ainda. O tempo tá passando e até agora a administração Arnaldo e Railson não mostrou para que veio. Até que nos prove o contrário está se mostrando um governo incompetente e a prova deve ser com trabalho. Só falando é tão fácil quanto empurrar bebo em ladeira e não resolve nada.

Parafraseando Raul Seixas podemos cantar: "Ei Arnaldo vê se te orienta, assim dessa maneira nego, Coari não te aguenta"!

Com esse seus grupo do primeiro time de secretários/ministros: Ossias, Evandro Cará, Evandro Aquino, Wilsão, Aldir, Romão, entre outros, nada vai mudar, só vai de mal a pior. Com esse grupo vai terminar igual ao ex-prefeito Sr. Roberval pagando dívidas até depois de morto.

Sinto muito pela juventude que votou pela primeira vez e eram os mais ansiosos pela mudança, e ouviu desse grupo um discurso de mudança, de transparência, de ética, de justiça e estão mostrando que todos os políticos são iguais. Infelizmente. Em quem os jovens vão acreditar?

Antes da eleição era um brado retumbante de vozes em nome da democracia e todos os seus valores, hoje é um silêncio abasoluto ou um querer justificar sem dizer o que tem que ser dito. Onde nos levará essa administração? O que sobra é o grito da fome de tanta gente, principalmente das crianças!

Hoje a bandeira no mastro é a da incompetência, levantada por gente que parece perdida, digo parece, se estivessem perdidos existiria, no mínimo dinheiro para pagar os funcionários. Podem demonstrar incompetência em administrar o dinheiro para o bem de todos; mais quando se trata de administrar para eles, são experts.

O tempu fugit, passa, não espera; assim também a fome das pessoas. Já é hora de começar a trabalhar. Afinal de contas estão ganhando para quê? Se não tem compertência, pede a conta ou pede pra... e sai!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Derrotados


São seis meses que o grupo atual está no governo, a sensação que até agora deixou é de total incompetência ou, até que prove o contrário urgentemente. Daqui para frente a cobrança será pior, já não dar para ficar tentando cobrir o sol com a peneira.

Seu plano de governo, "foi" somente plano de campanha, a única ação visível é o tapa buracos e feito de qualquer jeito, sem asfalto, de cimento, coisa do tempo "dos antigamentes".

Administração transparente, nem em sonho, em nenhum mês prestou conta para a população do que entrou, do que saiu e como foi gasto. Conversa para boi dormir.

Não conseguiu até agora arrumar a folha de pagamento, não sabe quantos funcionários tem o município, pagar em dias, lembrando que o mês tem trinta dias, o pagamento pode ser feito em qualquer um desses.

Os secretários e grande parte dos funcionários das secretarias são quase que ignorantes, sem visão de presente, de futuro ou qualquer uma outra, a única coisa que enxergam são seus salários.

Depois de seis meses a cidade está no fundo do poço economicamente, mesmo sendo o município mais rico do interior do estado do Amazonas, estamos vivendo num estado de pobreza e de miséria.

Já era tempo de mostrar trabalho e deixar de ficar culpando o passado por tudo que não acontece no presente, quem vive somente de passado é museu. Ou vai ficar pensando que isso pode durar todo o tempo de sua administração?

A oposição deve está se divertindo por ter um cabo eleitoral tão competente, é isso mesmo, tanta incompetência está deixando margem para sugestionar que no passado com toda corrupção e tudo mais, mais se era competente. E pode até repetir sobre o governo atual a frase do filósofo Romário numa de suas brigas: "quem é ruim, se afunda sozinho"!

Sinto pela terra do gás e do petróleo que vive um momento histórico delicado, do se ficar o bicho come e se correr o bicho pega. A mudança era desejada, mais mudar para o mesmo, não é mudança; só trocamos o diabo, pela mãe dele.

O atual grupo venceu e Coari foi/está derrotada!
Fome e Fartura

Hoje 16 de abril e muitos funcionários do município ainda não receberem seus vencimentos do mês de março. Para um município rico, que andava amarrando cachorro com linguiças, é difícil de compreender a cachorrinha que estamos arrastando. Vivemos num estado de pobreza difícil de acreditar!

A pegunta é onde está o dinheiro? O que estão fazendo com ele?

Com a torneira da principal fonte de renda dos coarienses fechada, nosso mundo econômico simplesmente travou e o pior de tudo sem termos a quem perguntar o que acontece. Ninguém se sente nesse governo responsável pelo que acontece, a culpta se lasca no passado e isso depois de seis meses transcorrido.

A secretaria de comunicação não funciona, como quase nenhuma outra, ela que deveria dar uma palavra para nos dizer o que está acontecendo e quando eu digo dar uma palavra, se faz necessário mostrar as provas, falar é muito fácil. Falar de uma forma que nos convença, usando os meios que há para dizer é isso.

Se não esclarece, se não comunica de forma clara, mostrando o que acontece é possível aceitar desculpas, agora ficar dizendo que os culpados são somente os que meses atrás passaram a chave do cofre, sem nada explicar e provar, fica difícil entender e mais ainda não se indignar com a situação.

Enquanto nem salários e justificativas convincentes chegam, a fomr avança e assola a tão rica terra do gás e do petróleo!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Fartura e Fome

Depois de dez dias fora, retorno a casa paterna; viajar é bom, melhor ainda é retornar, chegar nas suas coisas, deitar na rede com o formato de seu corpo. Foi uma viagem cansativa, talvez o cansaço seja o acúmulo das milhas navegadas. Milhas de viagem acumuladas no corpo, não são como as milhas acumuladas no cartão de viagens, essas motivam para mais uma viagem, as do corpo pedem descanso, rede.

No barco que me trazia de volta, quase vazio, bom para viajar e ficar na rede, a surpresa triste foi me encontrar no convés com uma pilha de bananas que estava vindo de Manaus para Coari. Foi de cortar o coração. Um município como o nosso que já deu a maior safra de bananas do país, terra da banana, hoje tem que importar a fruta. É triste, muito triste.

Além da pilha de bananas, havia também sacos e mais sacos de limões, fruta que exportamos as toneladas para capital do estado, num passado não muito distante.

E para compreender o porque já não somos exportadores de bananas, limões ou qualquer outra cultura da terra se faz necessário olhar para o passado e para o presente.

Nesses últimos 10 anos (1999 a 2009) a economia da terra do gás deu um giro de 360 graus, ancorou toda e qualquer perspectiva de vida no dinheiro que entra no município via o poder executivo, essa escolha motivada nos conduziu para onde estamos, vivendo em estado de penúria econômica.

Antes disso havia uma estrutura econômica nos bens produzidos e estraídos da nossa rica flora e fauna, de um município que é tão grande territorialmente que chega a ter terra quase igual a de alguns estados do país. Se investia em plantar, principalmente bananas, limões e outras culturas que responderam por longos anos por certa parte da economia de Coari.

Com a chegada do dinheiro dos royalties provindos da exploração da Petrobras do petróleo nas terras do município as coisas começaram a mudar. Toda a economia e formas de geração ou distribuição de rendas ficou girando ao redor desse dinheiro. Trabalhar para quê se eu posso pegar uma migalha desse dinheiro e com ele sobreviver mal, mas sobreviver?

Se a coisa ainda era pouco, para completar vieram os projetos do governo federal, criados pelo governo FHC e levados adiante pelo governo Lula, projetos só de dar e dar. Foi o que faltava para acabar de vez com nossa produção rural. Fazer o caminho de volta custará muito ou talvez a fome o refazerá na marra.

Esta temática é um terreno aberto para a reflexão e a minha pequena inquietação não é o mínimo do que tem que ser dito sobre essa realidade, tão encantadora e tão desafiadora, tão rica, cheia de fartura e ao mesmo tempo tão pobre e cheia de miséria!

Me pergunto será que a fome e a miséria será o nosso presente e o nosso furuto de forma permanente?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Caminho dos blogs

Os blogs desde que nasceram se espalharam pela internet como uma das mais democráticas ferramentas da rede. Local de livre expressão de idéias e das mais diversas realidades. Qualquer um com um computador conectado pode dizer o que quiser de onde estiver.

Pela facilidade de ser criado e mantido; além do custo praticamente zero, a blogesfera cresce a cada dia, poderemos comparar o seu crescimento a uma bola de neve descendo ladeira. Nascem aos milhares por dia e em toda parte do globo. E não há modos de frear esse crescimento.

Através deles as realidades são mostradas para além dos meios de comunicação da mídia mais tradicional. O que acontece num determinado ponto do planeta pode ser expresso por pontos de vistas diferentes. A mesma coisa acontece com um produto, o consumidor gerando uma cadeia de informações pela rede poderá determinar a vida ou a morte dele.

Nascidos dentro de um contexto de inspiração ou de empolgação, muitos morrem por asfixia, ou pela falta de inspiração ou porque acabou a empolgação. Poucos são os que nascem dentro dum processo elaborado, pensado, remoído e planejado; esses duram mais.

Fomos testemunhas do nascimento de uma chuva de blogs na terra do gás e do petróleo, todos nascido na empolgação e pegando carona das notícias estampadas nas páginas dos jornais da capital, na TV e na internet de fora. Nascidos como uma bandeira fincada num chão de areia. Passado esse tempo, eles também se foram, levados pelos ventos de outras notícias, de outros locais que os meios de comunicação estampavam.

Poucos foram os que ficaram e vivem a tentação de ficar tocando uma única música de uma nota só, é grande, a das mazelas políticas, politiqueiras e a vida das pessoas; mexericos da Candinha, como canta o rei Roberto Carlos.

São muitas as realidades que podem ser mostradas na terra do gás e do petróleo; infelizmente as vezes estamos preocupados com acessos e optamos pela via que o povo gosta, que o povo quer, caímos na armadilha do sensacionalismo. Sendo esse o caminho que menos ajuda aos navegantes que aportam no porto de nossos blogs a fazerem um caminho que ajudaria no seu crescimento cultural.

Os caminhos estão aí para serem descobertos, porém, navegar por eles, encontrá-los é o nós da questão, uma vez que aqui se navega em alto mar, onde só se vê água e céu. Faltam navegadores para guiar novos blogs e encontrar os caminhos, novos caminhos!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Divagando!

Nesses últimos dias viajando muito e com pouco contato com a internet, isso me deixou meio fora do ar e o blog foi junto.

Tenho pensado, partindo do que tenho visto de como continuar tocando o blog refletindo sobre nossa realidade, mostrando diversos ângulos, principalmente sobre a cultura da terra do gás e de nosso mundo amazônico.

Nos comentários a cobrança é por uma crítica a atual administração do município. Disse algum tempo atrás, no começo da administração atual que daria o tempo de tolerância, seis meses, talvez estejamos esquecidos. O embrólio que receberam é grande. Seis meses é um tempo razoável para irem com respeito e conhecimento mostrando trabalho. Mesmo que houve algumas críticas quando a coisa foi ruim.

A regra de que o ser humano gosta mais da desgraça segue firme. O que dar ibope é a desgraça, notícias sensacinalistas. Tentar sair dessa lógica e seguir um caminho que ajude a abrir trilhas na reflexão é mesmo falar no deserto.

Avançamos no uso da internet, cada vez mais pessoas utilizam essa ferramenta que vai velozmente entrando na nossa vida, fazendo parte das coisas que usamos no nosso dia-a-dia, como geladeira, fogão, máquina de lavar roupa, ferro de engomar e outros objetos frutos da tecnologia que chegaram e vieram para ficar.

Diferente dessas outras tecnologias, ela avança nos fazendo protagonistas, são só meros anônimos de platéia, cada um pode fazer a diferença. A questão está onde vamos e o que queremos com a internet?

Pode muito bem ajudar no nosso crescimento educacional e cultural ou pode ser uma regressão ou identificação do que somos. Tudo depende de nós, de nossas escolhas!

sexta-feira, 9 de abril de 2010



Depois do afastamento do terceiro desembargador amazonense pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pela prática de supostas irregularidades, o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), desembargador Domingos Chalub, declarou ontem que a Corte precisa restabelecer a credibilidade perante à população do Estado. Leia mais.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A Justiça no banco dos réus


Os "homens da lei", como muita gente defini por aqui os funcionários dos vários níveis do judiciários, sempre se acharam acima dela e isto no país inteiro. Na Amazônia, visto a distância da justiça federal sempre foi pior que o resto do Brasil.

Terra sem lei ou de faroeste caboclo. Desde o simples soldado, passando por juízes e desembargadores sempre se aproveitaram do posto para beneficiar políticos em troca de favores. E não eram/são só políticos não, mais pessoas de posse que poderiam retribuir bens em seus nomes.

Claro não podemos colocar todos no mesmo barco, alguns por princípios se esforçaram para serem éticos e fazer valer a função que lutaram para lá estarem.

No interior a coisa foi e ainda é muito pior que Manaus. Era comum os presentes e os previlégios.

Tomemos como exemplo o caso de Coari, onde o avião que era fretado para o município transportar doentes, estava sempre a disposição desse poder, quem quis, se aproveitou. Quem se aproveitou, de repente se viu as voltas com a justiça federal, visto as investigações da Operação Vorax da Polícia Federal que constatou determinados fatos.

Ultimamente a Justiça Federal pressionada pelos meios de comunicação, se viu acuada diante de tanto derespeito de seus funcionários graduados pelo país afora; resolveu tomar decisões com a intenção de obter respeito.

E está sendo dentro dessa inciativa que o judiciário do Estado do Amazonas está se vendo pressionado pelos "homens da lei" do país. Assim como Moutinho que se viu acuado a ponto de renuncia o cargo, outros seus colegas há tempos estão correndo da sala para cozinhar, sem saber o que fazer para não serem pegos pela malha fina da justiça federal.

O povo brasileiro, nós todos que pagamos e bancamos os altos salários dessa gente, não queremos e nem merecemos esse tipo de funcionário, que assim como nossos politiqueiros, só trabalham em função de si próprios ou de seus grupos. Avante Brasil, fora aproveitadores!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Bichos de Casco


A tartaruga marinha é um dos animais que está na lista dos proibidos. Proibida de ser pescada, comercializada ou de fazer parte do cardápio de qualquer povo pelo planeta. Numa matéria de ciência e tecnologia da revista Época digital, mostra o resultado de um estudo que revela em dados que milhões delas podem estar sendo mortas por "engano" pelas redes dos pescadores mares afora.

A matéria não revela se as tartarugas presa nas redes por acaso, servem de alimento ou não.

Se fosse feita um estudo sobre a matança de nossos quelônios, os números seriam assustadores e chegariam a casa dos milhões anualmente. Todos eles (tartaruga, tracajá, jabuti, iaçá, capitari, cabeçudo... ) são comercializados por toda a Amazônia e fazem parte de nossa cadeia alimentar.

Visto alguns posts sobre comida Amazônica que postei por aqui e que pensando sobre eles, alguém tire conclusões precipitadas; adianto que sou totalmente de acordo pelo sabor de nossos quelônios, que possam ser servidos em nossas mesas. Claro, dentro de uma política de preservação, criação e comercialização de forma regularizada. Infelizmente o que não há em nossa região.

No Brasil eles são proibidos de serem pescados e comercializados. Mais quem controla a pesca num país com dimensões continentais?

Na Amazônia o desafio de fiscalizar é tamanho do Brasil. Além disso pescar e comercializar "bichos de casco" faz parte da cultura e ajuda na economia dos povos da floresta. Num mundo de tanta pobreza, é uma renda que ajuda no sustento da família e muitos fazem desse tipo de comércio seu negócio, são atravessadores, vivem disso.

Ano passado tivemos um ano dramático para esses animais. O escritório do Ibama foi fechado no município, apesar de não ter nenhuma estrutura para funcionar e mostrar trabalho, ainda era uma presença que intimidava. Para completar no auge do período de "pegar" os bichos de casco a secretaria municipal de meio ambiente entrou em crise e ficou praticamente desativada.

O resultado foi de uma mortandade vorax de bichos de casco em Coari, coisa que nunca se tinha visto antes. Eram vendidos nas pedras do mercado a luz do dia, sem nenhuma fiscalização. De noite era possível encontrar tracajá assado nas bancas de churrasquinho de gato (churrasco de frangos), de tantos que foram capturados.

Pelos nossos banquetes e modos de tratarmos nossos bichos de casco, talvez as gerações vindouras não coma nem o casco, que não vai sobrar!
Caminhos da Amazônia

Depois da coca-cola a Amazônia é a palavra mais falada no mundo. A imagem que fazem de nós, na maioria das vezes não corresponde a nossa realidade. Até mesmo os brasileiros de fora da região nos conhecem pouco. Os do sudeste e do sul preferem conhecer o exterior ou talvez o nordeste e os do nordeste e centro oeste o sudeste.

Os estrangeiros são os mais viajam para o planeta verde e líquido. Ainda assim a quantidade é pequena diante da tão grande fama que carregamos.

Temos um mundo para ser mostrado e experimentado. Belezas de encantar a alma e os olhos. Sabores para alimentar os mais refinados paladares, manjar dos deuses. Sons da natureza que nenhuma orquestra pode produzir... entre tantas outras realidades mágicas.

E o que falta a nós para atrairmos turistas e fazermos dos nossos caminhos uma rota turística?

Nossas agências de turismo ainda não conseguiram dar um passo para divulgar as realidades reais, capazes de trazer as pessoas. O que fica sempre é esse mundo exótico cheio de índios nus, com flexas, coisas de outro tempo. E que aqui animais ferozes perambulam pelas ruas, jacarés e cobras fazem parte do nosso cotidiano.

Quem quer vir para esse mundo? Muitos!

Há um forte turismo ligado ao mundo exótico. Acontece que esse mundo exótico que mostram não existe!

Na Amazônia real o que poderia fazer a diferença seria o turismo ecológico e o cultural. Mostrar nosso mundo e suas belezas com tudo que elas significam e são. E aqui entram os caminhos dos rios e da mesa. Estes sim, são tantos para serem mostrados.

Do outro lado falta políticas públicas que criem acima de tudo estruturas de segurança para quem aqui venha. É decepcionante ir num lugar e ser roubado, espancado ou estrupada. Falta um mundo a construir para fazer do turismo uma fonte de renda.

A natureza fez sua parte, falta o povo (com as autoridades) fazerem a sua!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Turismo comunitário


Tenho acompanhado com entusiasmo os escritos do blog Viajologia; blog de viagem de Haroldo Castro que escreve para a Época. De novembro de 2009 a julho de 2010, Haroldo e seu filho Mikael realizam uma expedição jornalística – Luzes da África – por mais de 15 países do continente. O objetivo é mostrar o lado positivo da região, para que os leitores possam melhor compreendê-la.

Viajando por diversos países pobres, miseráveis da África, tem mostrado as experiências de turismo por onde passa. Para alguns países desse belo e desafiador continente, o turismo é uma das poucas fontes de renda, que tem gerado riqueza para muita gente, infelizmente uma riqueza ainda bastante concentrada.

O interessante que o jornalista tem desencarvados pedras preciosas para mostrar no seu blog. Geralmente o que mias mostram da África são crianças pobres, famélicas e com os ossos querendo sair pela pele. Tem se esforçado para mostrar o lado bom dos países e de suas culturas.

Postou diversos textos sobre o turismo cultural e comunitário. Esse tipo de turismo é novo e não está ligado a uma pessoa ou grupo econômico que tem empregados e lucra com o trabalho de toda uma estrutura do país. São os comunitários, os que vivem a experiência cultural ali na comunidade onde o turista chega que repartem o que entra.

No seu último post relata a importância dessa atividade econômica não só como geradora de renda, também como preservação cultural; pois as pessoas começam a preceber que o seu modo de viver pode ser convertido em capital.

Vivi uma experiência desse tipo o ano passado na cidade de Iquitos no Perú. Uma cidade de grande pobreza e que tem encontrado nesse tipo de economia uma renda mais distribuída. São oferecidos pacotes turísticos, onde são apresentados o modo de ser e viver das pessoas de uma comunidades da Amazônia peruana.

Nas comunidades indígenas, o pacote inclui também danças e rituais, tudo para turista vê. Além do dinheiro que entra via pagamento dos serviços, os comunitários também oferecem seus artesanatos. É mais um dinheirinho chegando.

Nesses dias que fiquei em Iquitos ficava me perguntando porque essa atividade econômica, o turismo comunitário e cultural não dava certo para nossa região?

Vivemos na maior floresta tropical do planeta e com um mundo de diversidade étnica, mesmo assim não conseguimos atrair a quantidade de turistas que atraem regiõeses bem mais pobres que a nossa. É um desafio que temos que encarar, como uma fonte de renda que poderá chegar até nós e melhor destribuída!

Será que conseguimos?
Castanha de Sangue


Nossa castanha é negociada desde o tempo do Brasil Império, no momento vive seu boom pelo seu uso medicinal. E o melhor de tudo isso é que o crescimento está se dando no mercado interno; estamos quase chegando a metade do que é exportado.

As empresas que captalisam, compram dos donos dos castanhais estão rindo atoa. Compram barato e vendem a bom preço. Temos castanheiras da "natureza" com safras suficientes para abastecer os consumidores do mundo e isso sem plantarmos mais um pé da árvore.

Toda questão está no processo coleta e de quem colhe; tudo funciona do mesmo modo do Brasil Império. A exploração é vorax.

Tomemos o exemplo de Coari, que é segundo os compradores, o município com a maior quantidade de árvores do estado do Amazonas; os donos dos "castanhais", "convidam" pessoas para trabalharem em seus castanhais no período do "fábrico da castanha". Eles insistem no convite, fazem promessas iguais aos dos nossos políticos, que nunca são cumpridas.

Aceito o convite, chegado o tempo, para os castanhais se vão, coletores de castanhas; gente pobre e analfabeta, fáceis de serem enganadas e sem condições nenhuma de após trabalharem conseguirem alguma coisa na "justiça" contra os donos dos seringais; por isso são convidadas para o trabalho.

Aceitaram mais uma vez esse trabalho explorado por não terem emprego ou trabalho; são pais de famílias, precisam de dinheiro para sustentar casa, mulher, filhos e quase sempre netos.

Recebem, do agora já "patrão" uma cesta básica, alimentos e outras coisas mais para um certo tempo e se quiserem mais, só pode ser comprado do "patrão", seus donos.

E o lado mais triste da história é o fim, sem final feliz. Cada ítem da cesta básica e outros mais que é consumido nesse tempo, vale muitas vezes mais que no comércio da cidade mais próxima. É um ciclo viciado de um verdadeiro trabalho escravo.

E o pior de tudo é que o "patrão" só repasse o valor da castanha coletada quando o hectolitro está com a cotação mais baixa possível, isto é, vende na alta e repassa na baixa. Ganhando assim duas vezes, primeiro na sua porcentagem de tudo que é coletado e depois na diferença da venda.

Quando a castanha chega nas mãos dos consumidores, quase sempre gente da classe média alta que tem condições de está no médico, cuidar da saúde e comprar o que o doutor manda; está com o sangue do trabalhador pobre que o coletou por essa imensa Amazônia.

É castanha de sangue. Vida de uns, Morte de outros!

domingo, 4 de abril de 2010

Atendendo o pedido de um leitor do blog que comentou o post "Caminhos da Amazônia", que entre outras coisas comentei sobre a Castanha do Pará, comparando com a Castanha de Cutia. Falava sobre os nomes da castanha, entre outros castanhas do Brasil e dizia no fim, bom assunto para um post.

Não tenho lá muito conhecimento científico para tratar com autoridade desse assunto, aliás, como quase nenhum outro.

O nome Castanha do Pará é do período colonial, quando o Pará respondia por toda a Amazônia, era o centro, tendo Belém como capital da colônia Maranhão e Grão Pará, e daqui ela era exportada.

Atualmente com o forte crescimento do consumo da castanha no Brasil, dentro do país ela ficou conhecida como castanha da Amazônia e no mundo da exportação é chamada de castanha do Brasil.

Com as novas descobertas da medicina sobre ela, que é bom para curar ou prevenir doenças degenativas, os médicos orientam que seja consumida diariamente ou de vez enquando como forma de prevenir, usando o velhor ditado: "melhor prevenir que remediar".

Esse é um mundo tão complexo, quanto um igapó e vai muito além do nome, de suas qualidades medicinais e de paladar. Voltarei com esse assunto!

sábado, 3 de abril de 2010

Feliz Páscoa 2010


O povo judeu escravo no Egito, aceitou a proposta do Deus de Moisés para deixar o estado de escravidão rumo à liberdade. Atravessando o mar Vermelho fizeram a passagem para a Liberdade.

Essa passagem para a Vida Nova não veio sem sacrifícios; primeiro das famílias egípcias que perderam seus filhos. Não foi fácil para eles aceitarem a morte de seus entes mais queridos. Depois do próprio esforço e organização dos que partiam rumo ao mundo novo.

Em Cristo a páscoa ganha um novo sentido, a passagem é para vida eterna, vence a morte. Também aqui a mudança se dar vencendo muitos desafios e superando os sacrifícios.

Hoje a Páscoa continua gritando para acontecer; vivemos, convivemos com muitas realidades de morte, tanto estruturais como pessoais; precisam passar para realidades de vida, se fazer Páscoa.

O sistema capitalista, consumista que vivemos é vorax e nos faz consumidores; nele contamos quando temos, quanto temos; precisamos fazer a Páscoa, a passagem do ter para o ser. Sem essa mudança, onde a vida é marcada pela convivência, não acontecerá a Páscoa.

Mais toda Páscoa, toda mudança exige sacrifícios, mudar não é fácil. Particularmente não sei se estamos interessados em fazer a Páscoa acontecer na nossa vida, no nosso tempo; uma vez que vivemos correndo somente atrás de nossos interesses e quanto mais temos; mais queremos ter.

Os povos judeus guiado por Moisés e Jesus tiveram coragem de fazer a Páscoa. Agora é o nosso tempo, a nossa vez; será que temos coragem de fazer a nossa Páscoa?

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Caminhos da Amazônia

O mundo de olho nessa Amazônia detentora de tantas riquezas e segredos. As fotos do post mostram com clareza a veracidade da frase. Olhar o emaranhado de cores e formas sem entender de biologia ou saber via conhecimentos tradicionais, é o mesmo que olhar para um muro sem cor e não poder olhar do outro lado.

Darcy Ribeiro dizia que o analfabetismo dos brasileiro com seus país é enorme; na nossa Amazônia é maior ainda!

Estamos nos distanciando cada vez mais do conhecimento que nossos pais, nossos antepassados acumularam em milhares de anos. No seu lugar desde criança, a nossa geração, a anterior e a atual estamos sendo marcados por um tipo de conhecimento escolar, mais de decorar e de outras regiões.

Nosso aprendizado está longe de nos ajudar a construirmos ferramentas para desfrutarmos das riquezas da nossa região; ter uma qualidade de vida digna!

A castanha de cutia por exemplo, gostosa e desvalorizada, consumida só pelas cutias, porém é de um sabor que não deixa nada a desejar aos nozes de outras regiões do país ou os importados, tão consumido pela classe média alta de Manaus.

Ela tem um sabor quase igual a "castanha do Pará" com um pouco mais de gordura; sobre seus nutrientes não tenho muito o que falar, mais o sabor. Esse mundo precisa ser mais conhecido por nós. Com certeza os estrangeiros estão vindos cada vez mais e nossos sabores, mesmo desconhecidos, são riquezas que procuram em nossas terras desde o século XVI.


Os alimentosda floresta são os mais naturais, por isso mais saudáveis. Me alegrei mais ainda com nossa fauna e flora como parte de nossa alimentação quando li uma matéria na revista Época dessa semana "A pressa é inimiga da refeição", é uma entrevista com o italiano Carlo Petrini, que fala da importância dos alimentos naturais para a saúde do ser humano e do planeta!